Garcia Íñiguez de Pamplona

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
García Íñiguez de Pamplona
Rei de Pamplona e Conde da Bigorre e de Sobrarbe
Nascimento 810
Morte 870 (60 anos)
Nome completo Garcia Íñiguez de Pamplona
Dinastia Dinastia Íñiga
Pai Íñigo Arista de Pamplona
Filho(s) Ver descendência

Garcia Íñiguez (em árabe: قرسية بن ونقه البشكنشي; romaniz.: Garsiya ibn Wannaqo al Baškuniši; em latim: Garsea Enneconis c.810870), filho do rei Íñigo Arista, foi regente desde 842 por invalidez do pai, o primeiro rei da Dinastia Iñiguez a quem sucedeu no trono de Pamplona entre 851-2.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Garcia foi educado em Córdova, como convidado do Emir de Córdoba. Quando o seu pai foi assolado pela paralisia, Garcia assumiu a regência, possivelmente ajudado pelo seu tio Fortunio Íñiguez.

Em Maio de 843 alinhou com suo tio Muça ibne Muça ibne Fortune dos Banu Cassi na insurreição contra o Emir de Córdoba; a rebelião foi controlada por Abderramão II, que em resposta atacou o reino de Pamplona, derrotando e ferindo gravemente Garcia e matando Muça.[3] Com a morte do pai, em 851/2, Garcia assume o trono de Pamplona.

Na sequência da morte de Íñigo Arista, o líder dos Banu Cassi, Muça ibne Muça procurou as boas relações com Maomé I, o que terá instigado Garcia a procurar alianças com o Reino das Astúrias.

Em 859, Muça ibne Muça deixou um contingente de Viquingues atravessar as suas terras para atacar Navarra, de onde resultou a captura de Garcia, a quem foi imposto um resgate de pelo menos 70 000 dinares.[1][4] Ainda no mesmo ano, Muça ibne Muça atacou a cidade pamplonesa de Albelda. Garcia e o seu novo aliado, Ordonho I das Astúrias, travaram combate na batalha de Albelda, também chamada a “batalha de Clavijo”»,[5] matando, diz-se, 10 000 dos seus magnatas. Esta vitória, por sua vez, desencadeou como resposta, no ano seguinte, a captura do filho de Garcia, Fortunio Garcés, pelos mouros, que ficou detido em Córdoba nos vinte anos seguintes.[1][4]

Durante a década de 870 e seguinte, com a morte de Garcia Iñiguez e o regresso de Fortunio Garcés, parece que o governo do território pamplonês esteve sob a regência de García Jiménez, filho de Jimeno Garcês (dinastia Jimena). Durante o reinado de Garcia deram-se os primeiros passos para favorecer a passagem dos peregrinos de Santiago de Compostela, no que mais tarde seriam os Caminhos de Santiago.

Descendência[editar | editar código-fonte]

Panteão dos reis de Pamplona no Mosteiro de Leyre

Casado com Urraca, possivelmente filha de Fortune ibne Muça,[6] teve os seguintes filhos:[7]

Também poderia ser o pai de Jimena Garcês, casada com Afonso III das Astúrias, o Grande, embora o nome de Jimena não é mencionado no Códice de Roda.

Referências

  1. a b c Martínez Díez 1999, p. 23.
  2. Lévi-Provençal 1953, p. 11 y 14.
  3. Lévi-Provençal 1953, p. 12.
  4. a b Lévi-Provençal 1953, p. 15.
  5. Lévi-Provençal 1953, p. 16.
  6. Salazar y Acha 2006, pp. 33-34.
  7. Martínez Díez 1999, p. 24.
  8. Martínez Díez, 2007, p. 24.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]