Gaspar de Brito Freire

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Gaspar de Brito Freire

Gaspar de Brito Freire (cerca de 1570 - ), senhor do Morgado de Santo Estevão de Nossa Senhora de Jesus[1][2], foi um dos Quarenta Conjurados da revolução do 1 de Dezembro de 1640 que restabeleceu a Independência de Portugal em relação ao jugo de Castela[3].

Sendo um dos grandes proprietários do “Sertão”, em agosto de 1644, remeteu ao conselho ultramarino um extenso escrito com ideias para solucionar o problema da falta de cuidados no Brasil e ampliar as rendas reais̪[4].

Passados poucos anos, em 1647, foi a vez de alertar o monarca sobre a preparação da operação militar do Brasil para a Angola, questionando a fidelidade de Salvador Correia de Sá à dinastia de Bragança. Chamando a atenção das suas duas conexões castelhanas (ele era filho de mãe espanhola e também casado com uma), das suas redes sociais duvidosas no Rio de Janeiro e a opção perigosa da contratação de 600 soldados de infantaria italianos, que ele havia convocado para o dia, e que poderiam ameaçar a empresa[4]

Morava no Largo Trindade Coelho, a par da Igreja de São Roque, no conhecido ̟por “Palácio Brito Freire” por já vir do tempo em que pertencia a seu pai, ou também por “Palácio dos Condes de Tomar” por terem lá vivido mais tarde, onde hoje está instalada a Hemeroteca Municipal de Lisboa[5].

Filho deː

  • Estevão de Brito Freire, fidalgo da Casa do Rei D. Filipe III[5], instituidor do referido morgado de Santo Estevão, e de
  • Violante de Araújo, filha de D. Maria Dias, falecida em 27 de Agosto de 1602, e de Francisco Araújo, filho natural de Gaspar Barbosa de Araújo, de Ponte de Lima[6].

Casou comː

  • D. Francisca da Silveira, filha de D. Álvaro da Silveira, comendador de Sortelha e alcaide-mor de Alenquer, e D. Brites de Mexia[7].

Filhosː

Referências

  1. "... cuja Capella està situada no Serafico Convento de N. Senhora de Jesus dos Religiosos Terceiros desta Corte" (Lisboa). - Francisco de Brito Freire, Escritores Lusófonos, 25 de Janeiro de 2019. in Bibliotheca Lusitana, vol. II
  2. "... entre os bens que ao dito morgado se anexaram é um engenho chamado de Santo Estêvão, sito no Recôncavo da dita cidade da Baía que consta de várias propriedades e bem assim uma ermida do mesmo Santo, com três altares e outras pertenças ..." (Brasil) - Covilhã - Contributos para a sua História dos Lanifícios XVIII, por Miguel Nuno Peixoto de Carvalho Dias e Maria do Céu Jordão Morais Carvalho Dias, Covilhã - Subsídios para a Sua História, 15 de abril de 2013
  3. «Relação de tudo o que passou na felice Aclamação do mui Alto & mui Poderoso Rei Dom João o Quarto, nosso Senhor, cuja Monarquia prospere Deos por largos anos». Texto publicado em 1641, sem indicação do autor, impresso à custa de Lourenço de Anveres e na sua oficina (atribuído ao Padre Nicolau da Maia de Azevedo)
  4. a b El arbitrismo sobre la América portuguesa y la herencia de los Austrias (1620-1655), por Vinícius Dantas, Mélanges de la Casa de Velázquez, n.º 48-2, 2018
  5. a b O Palácio Brito Freire ou dos Condes de Tomar: narrativa histórica da sua génese e evolução e análise do património artístico subsistente, por João Miguel Simões, Parte 1
  6. Genealogia das Famílias Brasileiras - Dos Primeiros Povoadores do Brasil, Brasil Histórico, Escripto pelo Dr. Mello de Moraes, n.º 32, Rio de Janeiro, 14 de Agosto de 1864
  7. a b Francisco de Brito Freire, Escritores Lusófonos, 25 de Janeiro de 2019. in Bibliotheca Lusitana, vol. II
  8. Covilhã - Contributos para a sua História dos Lanifícios XVIII, por Miguel Nuno Peixoto de Carvalho Dias e Maria do Céu Jordão Morais Carvalho Dias, Covilhã - Subsídios para a Sua História, 15 de abril de 2013
  9. Família de Ricardo Mendes Ribeiro, por Ricardo Pedro Lopes Martins de Mendes Ribeiro, 25 Agosto 2014
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