Gato de guarda

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Um gato de guarda/fazenda mostrando efeitos de uma vida difícil.

Gato de guarda, gato vigia ou ainda gato de fazenda é a denominação de gatos da espécie gato doméstico que atuam na guarda e vigia de fazendas, numa relação de comensalismo com os humanos.[1][2]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Evidências arqueológicas indicam que as primeiras domesticações de gatos foram motivadas pela necessidade humana de guardar os estoques de grãos, entre outros bens, de pragas e roedores.[2] Gatos de fazenda, também conhecido como gatos de celeiro, ainda são mantidos com a finalidade de evitar a proliferação de parasitas e outros invasores indesejáveis em chácaras e fazendas, que possam prejudicar as plantações e criação de outros animais, além de proteger os estoques já mantidos.[1]

Características[editar | editar código-fonte]

Embora os gatos de fazenda possam ter um temperamento mais selvagem do que os gatos domésticos, eles podem ser tratados como os gatos e adquirir seus sustentos exclusivamente do seu trabalho na redução de roedores e pássaros. Devido este fato, junto a falta garantias de alimentação, e a necessidade de esforço físico de sua parte, tendem a serem gatos mais magros do que os seus homólogos.[2]

Se a população de gatas adultas fêmea de uma fazenda for suficientemente elevada (cerca de 3-6 fêmeas de reprodução, dependendo da localização) a sua população pode ser autossustentada por vários anos. As fêmeas estabelecem moradas permanentes em celeiros ou outras estruturas, especialmente se eles são alimentados e abrigados lá.[2] Machos quase sempre deixam as fêmeas permanentemente, só retornando para acasalar. Isso pode levar a endogamia, como o retorno descendência masculina para impregnar suas mães. A castração é uma medida efetiva para evitar ninhadas indesejadas e endogamia.[1]

Em áreas com elevado número de predadores, as populações de gato de celeiro muitas vezes se tornam extinta.[1] Eles podem ser atacados por guaxinins, corujas, coiotes, e outros animais que se alimentam de criaturas de seu tamanho. No passado, os agricultores controlavam sua população de gatos com a venda de gatos para organizações científicas ou médicas.[1] Atualmente são empregados como guarda, mas fora do ambiente bucólico, passando a atuar também em depósitos e indústrias.[3]

Referências

  1. a b c d e Natural History of Domesticated Mammals; J. A. Clutton-Brock (199). "The Near Eastern Origin of Cat Domestication" (PDF). Driscoll, et al., Science (em inglês). 317 no. 5837 ed. Cambridge: Cambridge Univ. Press. pp. 519 –523. Consultado em 22 de Fevereiro de 2013 
  2. a b c d The role of the Farm cat(em inglês)
  3. Depósito contrata "gato de guarda" no Reino Unido
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