Germanofilia

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Germanofilia é a simpatia ou admiração pela cultura alemã. A visão oposta é a germanofobia[1]. Não deve ser confundido com o pangermanismo, um movimento político-ideológico que busca a unificação ou a expansão da Alemanha, de acordo com circunstâncias históricas.

O termo é utilizado sobretudo nos séculos XIX e XX, após a unificação da Alemanha e a ascensão do Império Alemão. O termo é usado não só politicamente, mas também culturalmente, por exemplo, Slavoj Zizek se refere à tríade geográfica da Europa composta da Inglaterra (o pragmatismo utilitarista), França (a precipitação revolucionária) e Alemanha (o rigor reflexivo). No romantismo britânico do século XIX, o antônimo do termo é escandofilia, expressando uma dicotomia associada à cultura anglo-saxã tanto com a cultura germânica ocidental continental, quanto com a cultura germânica setentrional (escandinava) (o "revival viking"). O termo também é usado[quem?] em oposição à helenofilia, uma afinidade com o "teutônico" ou cultura e ponto de vista em oposição a uma predileção germânica pela Antiguidade Clássica.

Na Europa continental, a partir do final do século XIX (principalmente da Guerra Franco-Prussiana de 1870), a dicotomia é bem produzida entre a Alemanha e a França. Os germanófilos optam por alinhar-se com a Alemanha contra uma França vista pejorativamente como chauvinista. O termo paralelo referindo-se a Inglaterra é anglofilia. Por exemplo, na Espanha neutra durante a Primeira Guerra Mundial, havia uma corrente de opinião germanófila contrária à aliadófila (por sua vez dividida entre francófilos e anglófilos). O termo reaparece no contexto da Segunda Guerra Mundial.[2]

Henry Louis Mencken é um escritor germanófilo dos EUA do século XX. O termo germanofilia também foi usado (em contextos educativos) para se referir ao sistema educativo alemão dos séculos XIX e XX, com base no grande prestígio internacional de intelectuais alemães, desde a época de Alexander von Humboldt (veja Universidade Humboldt de Berlim), que serviu de modelo para muitas universidades de elite do resto do mundo, de Oslo para Harvard.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • TROGAL, Luís Reis. Germanismo e germanofilia numa revista universitária: O Boletim do Instituto Alemão da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (1926-1943). Köln Zentrum Portugiesischsprachige Welt Universität zu Köln, 2000.
  • AMADOR, Luis Alberto Lugo. Germanofilia: Origen, estado de la cuestión y perspectivas. Editorial Geópolis, 2012. ISBN 9781105152665.

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Los motivos de la germanofilia - Discurso pronunciado no Ateneu de Madri (Seção de Ciências Históricas), 25 de maio de 1917, ao se discutir a atitude da Espanha ante a guerra.