Grande Mesquita de Salé

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Grande Mesquita de Salé
Grande Mesquita de Salé
A Grande Mesquita de Salé
Estilo dominante Almorávida
Almóada
Início da construção 1028
Fim da construção 1029
Religião Islão
Área 5070
Geografia
País  Marrocos
Coordenadas 34° 02' 24" N 6° 49' 39" O

A Grande Mesquita de Salé (em árabe: المسجد الأعظم, Almasjid Al'aezam) é um edifício religioso islâmico situado em Salé, Marrocos. Cobrindo uma área de 5.070 m2, é a terceira maior mesquita do Marrocos e foi originalmente construída entre 1028 e 1029. Foi destruída e reconstruída várias vezes desde a sua construção original. Foi reconstruída nos estilos arquitetônicos almorávida (1090-1147) e almóada (1147-1238), e um dos pontos de usa beleza inclui os nove arcos de seu pátio.[1] Foi gravemente danificado no bombardeio de Salé de 1851 [2] e esteve por um breve período fechada durante o Protetorado Francês em Marrocos.

História[editar | editar código-fonte]

A Grande Mesquita de Salé foi construída sob as ordens de Tamim ibne Ziri (líder dos ifrânidas) entre 1028 e 1029, [3] e foi restaurada e ampliada em 1196 sob as ordens de Abu Iúçufe Iacube Almançor, tornando-se a terceira maior mesquita do Marrocos (somente atrás da Mesquita Haçane de Casablanca e da Mesquita de al-Qarawiyyin). Ela foi destruída e reconstruída muitas vezes desde aquela época. [4]

De acordo com o historiador Abd Al-Mun'im Al-Hasidi, 700 escravos franceses estavam envolvidos na reconstrução sob as ordens de al-Mansur, e a reconstrução acrescentou uma madrassa. [5] Em 1260, Salé foi ocupada por forças castelhanas e 3.000 mulheres, crianças e idosos residentes na cidade foram reunidos na mesquita e levados como escravos para Sevilha. [6] Em 1851, Salé foi bombardeado pelas forças francesas e a mesquita foi severamente danificada após ser atingida por seis balas de canhão. [2]

Durante a década de 1930 a mesquita foi usada para encontros nacionalistas liderados por pessoas como o jornalista Saïd Hajji, o líder do Partido Democrático da Independência Ahmed Maâninou, o professor Abu Bakr El Kadiri[7] e o jurista Abu Bakr Zniber.[8] O Protetorado Francês acabou fechando a mesquita para evitar que reuniões nacionalista ocorressem, mas mais tarde a reabriu. [9]

Arquitetura[editar | editar código-fonte]

A Grande Mesquita de Salé reproduz uma superfície trapezoidal como em todo plano clássico dos templos almóadas, nela existem nove arcos em seu pátio, sendo que o principal deles esta situado defronte da quibla. Os arcos são em forma polilobada, os pilares quadrados ou cruciformes e o grande minarete de base quadrada é decorado com uma simples rede de padrões geométricos em forma de arcos divididos em lóbulos e feito de pedras da região.[1]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «La grande mosquée de Salé». Monuments Salé (em francês). 2 de dezembro de 2014. Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  2. a b Chastel, Robert (1994). Rabat-Salé: vingt siècles de l'Oued Bou Regreg (em francês). [S.l.]: Editions la Porte, p. 115 
  3. Ibn Khallikan (1843). Biographical Dictionary. Volume I (em inglês). [S.l.]: Oriental Translation Fund., p. 248 
  4. Alaoui, Ismaïl; Mrini, Driss (1997). Salé: cité millenaire (em francês). [S.l.]: Editions Eclat. ISBN 9789981999503 
  5. Ring, Trudy; Watson, Noelle; Schellinger, Paul (5 de março de 2014). Middle East and Africa: International Dictionary of Historic Places (em inglês). [S.l.]: Routledge,pp. 616-617. ISBN 9781134259861 
  6. Machado, José Pedro (1996). Ensaios histórico-linguísticos. [S.l.]: Editorial Notícias, pp 101-105. ISBN 9789724607856 
  7. «Biographie Abou Bakr El Kadiri». Fondation Abou Bakr El Kadiri (em francês). Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  8. Ḥajjī, ʻAbd al-Raʼūf ibn ʻAbd al-Raḥmān; Ḥajjī, Muḥammad (2007). Saïd Hajji: naissance de la presse nationale Marocaine (em francês). [S.l.]: Lebonfon Incorporated, p. 523. ISBN 9780973223613 
  9. Ḥajjī. Saïd Hajji (em francês). [S.l.]: p.624