Harry Benjamin

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Harry Benjamin
Nascimento 12 de janeiro de 1885
Berlim,  Alemanha
Morte 24 de agosto de 1986 (101 anos)
Nova Iorque, NY
 Estados Unidos
Escola/tradição Sexologia
Principais interesses Transgeneridade e transexualidade

Harry Benjamin (12 de janeiro de 188524 de agosto de 1986) foi um sexólogo de origem alemã radicado nos Estados Unidos. É principalmente conhecido por ser o pioneiro no trabalho com a transgeneridade e transexualidade.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Harry Benjamin nasceu em Berlin. Obteve o título de doutorado em medicina em 1912 em Tübingen com uma dissertação sobre tuberculose. Apesar se sua formação em infectologia, interessava-se por medicina sexual. Publicou vários artigos sobre medicina sexual em periódicos especializados e o livro The Transsexual Phenomenon'[1] em 1966.

Estudos da transexualidade[editar | editar código-fonte]

Em 1948, em São Francisco, Benjamin foi consultado por Alfred Kinsey, um reconhecido professor em sexologia, para avaliar o caso de uma jovem atribuída ao sexo masculino ao nascer, de identidade de género feminina, que "desejava transformar-se em mulher". A sua mãe buscava ajuda médica a fim de não frustrar a filha. Kinsey encontrou a paciente em suas entrevistas que originaram o livro Sexual Behavior in the Human Male[2] que foi publicado naquele ano. O caso era diferente de todos os casos conhecidos anteriormente tanto por Kinsey e também por Benjamin. Tal jovem fez Benjamin rapidamente entender que havia uma diferença clara entre este caso e a travestibilidade, única condição associada na época para adultos que manifestavam o desejo de travestir-se.[carece de fontes?]

Considerando que os psiquiatras com quem Benjamin mantinha contatos divergiam na forma de tratamento, ele decidiu tratar a pessoa com estrogênio (Premarin, hormônio feminino introduzido em 1941), que diminuiu as angústias da paciente e sua mãe. O contato com ela foi descontinuado antes que Benjamin pudesse acompanhar o progresso do tratamento. Benjamin continuou a refinar seu entendimento, introduzindo o termo 'transexual' em 1954 (cunhado em 1923 por Magnus Hirschfeld), decidindo por tratar pacientes, com a assistência de colegas cuidadosamente selecionados de várias disciplinas (como o psiquiatra John Alden, a electrologista Martha Foss em São Francisco e o cirurgião plástico Jose Jesus Barbosa em Tijuana).[carece de fontes?]

Várias centenas de pacientes com necessidades semelhantes foram atendidos de forma gratuita. Tais pacientes consireravam-no como um homem de enorme carinho, respeito e bondade. Muitos deles mantinham contato com ele até sua morte.[carece de fontes?]

Psiquiatria[editar | editar código-fonte]

Em contraposição ao entendimento de vários psiquiatras sobre as pessoas trans, Benjamin, como médico, acreditava nas origens de desordens endócrinas e hormonais,[3] sendo o tratamento psiquiátrico de pouca ajuda. Em encontro com Sigmund Freud em Viena, sugeriu que algumas disforias de género poderiam ter origem em desordens das glândulas endócrinas.[4]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Harry Benjamin (1966). The Transsexual Phenomenon. [S.l.]: The Julian Press, INC. Publishers 
  2. A.C. Kinsey, W.B. Pomeroy, C.E. Martin (1948). Sexual Behavior in the Human Male. [S.l.]: Philadelphia, PA: W.B. Saunders 
  3. «Harry Benjamin's Syndrome» (PDF). 2007. Consultado em 31 de dezembro de 2007 
  4. «An interview with Harry Benjamin (b. January 12, 1885)». Humbold Universität zu Berlin. 15 de março de 2005. Consultado em 31 de dezembro de 2007. Arquivado do original em 27 de dezembro de 2004