Hipácio (cônsul em 500)
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Setembro de 2021) |
Flávio Hipácio (em grego: Ὑπάτιος; m. 532) foi um nobre bizantino de ascendência imperial que foi mestre dos soldados (magister militum) do Império Romano do Oriente durante o reinado de Justino I e que acabou aclamado imperador pela multidão durante a Revolta de Nica.
Vida[editar | editar código-fonte]
Hipácio era sobrinho do imperador Anastácio I, antecessor de Justino, e era parente, por casamento, da nobre gens Anícia, o que lhe propiciava uma forte reivindicação ao trono imperial. Porém, Hipácio não tinha esta ambição e tanto ele quanto os demais sobrinhos de Anastácio eram bem tratados por Justino e seu sucessor, Justiniano. Hipácio participou ativamente da Guerra Anastácia e enfrentou o general rebelde Vitaliano nos Bálcãs.
No auge da Revolta de Nica, Hipácio, seu irmão Pompeu e Probo, outro sobrinho de Anastácio, estavam entre os principais candidatos ao trono. Conforme foi ficando claro que a multidão queria um novo imperador, Probo fugiu e os irmãos Hipácio e Pompeu se refugiaram no palácio imperial juntamente com Justiniano e o resto do Senado bizantino. Eles não queriam se revoltar contra o imperador, pois temiam não ter apoio popular suficiente.
Mesmo assim, Justiniano, temendo ser traído, expulsou os senadores do palácio, deixando-os acessíveis à multidão. Hipácio foi arrastado de sua casa e, apesar dos esforços de sua esposa para impedi-los, proclamado imperador pela turba revoltosa reunida no Hipódromo. Hipácio parece ter superado sua relutância inicial e passou a agir como imperador de fato.
Porém, a revolta foi logo esmagada pela guarda imperial e Hipácio foi capturado. Justiniano aparentemente queria poupar-lhe a vida, mas Teodora, sua esposa, o convenceu a punir os rebeldes de maneira exemplar e o usurpador involuntário foi executado.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Cônsul posterior ao Império Romano | ||
Precedido por: João, o Corcunda com Paulino |
Patrício 500 com Hipácio |
Sucedido por: Pompeu com Avieno |
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Bury, J. B. (1958). History of the later Roman Empire, Vol. 2. New York (reprint).
- Browning, Robert (1971). Justinian and Theodora. Milano
- Moorhead, John (1994). Justinian. New York
- Mortos em 532
- Nascidos no século V
- Oficiais do Império Bizantino do século V
- Oficiais do Império Bizantino do século VI
- Usurpadores do Império Bizantino do século VI
- Pessoas executadas pelo Império Bizantino
- Cônsules do Império Bizantino
- Bizantinos executados no século VI
- Mestres dos soldados do Império Bizantino
- Guerra Anastácia
- Guerra Ibérica
- Generais de Anastácio I Dicoro
- Generais de Justino I
- Generais de Justiniano
- Bizantinos envolvidos nas guerras bizantino-sassânidas
- Revolta de Vitaliano
- Revolta de Nica
- Edessa (Mesopotâmia)
- Militares do Império Bizantino do século V
- Militares do Império Bizantino do século VI
- Senadores do Império Bizantino do século V
- Senadores do Império Bizantino do século VI