História de Florianópolis

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Antes do povoamento, pela Ilha de Santa Catarina passaram muitos navegadores para refrescar-se, retirando-se após o desejado descanso. Em 1536 passou pelo local Ruy Coschera, castelhano, procurando nele estabelecer-se. Gonçalo Mendoza, sobrinho de Dom Pedro de Mendoza, fundador de Buenos Aires, por ordem deste chegou à ilha a fim de abastecer-se de comestíveis. Já então aí existiam plantações.

Álvar Núñez Cabeza de Vaca chegou à ilha em 2 de novembro de 1540, com uma expedição de 400 homens e 46 cavalos, destinada a socorrer os espanhóis de Assunção. No ano seguinte, Cabeça de Vacca toma o rumo do Paraguai, por terra, conduzindo pelo sertão o seu pequeno exército.

Século XVII

O povoamento da Ilha de Santa Catarina teve início entre 1651 e 1673 por iniciativa do bandeirante vicentista Francisco Dias Velho, que já havia acompanhado seu pai nas expedições que este fez ao "sertão dos gentios dos Patos". Dias Velho enviou seu filho, José Pires Monteiro, com mais de 100 homens trazidos de São Paulo para estabelecer um empreendimento agrícola. Dias Velho, por sua vez, chegou em 1675, para reforçar a iniciativa. Esse pode ser considerado o período do início da póvoa de Nossa Senhora do Desterro. Mas há documentos e fatos que demonstram ter sido em 18 de abril de 1662 a data em que o fundador partiu de São Paulo. Entre 1675 e 1678, edificou uma capela no mesmo local onde hoje se ergue a Catedral de Florianópolis.

Em 1679 deixou a Ilha, e tudo expôs em requerimento que, então, da vila de Santos, dirigiu ao governador da Capitania". Conforme pedia no requerimento de 1679: "duas légoas de terra em quadra no districto da Ilha de Santa Catarina, onde já tinha igreja de Nossa Senhora do Desterro, correndo costa brava, e mais meia-légoa de terras de uma lagoa, onde já tinha fazenda e culturas; mais duas légoas de terra defronte ao estreito, ou terra firme, onde também já tinha uma feitoria com uma légoa de sertão, e outra de testada nas cabeceiras, onde chamam do Bogio; e ditas légoas em quadra, começando do rio Araçatuba".

Fonte:Pedro Taques in Nobiliarquia, pág. 85

Século XVIII

Dias Velho pereceu, lamentavelmente, nas mãos dos piratas, e a povoação que fundou decaiu e quase desapareceu, a ponto de, em 1712, Amédée François Frézier, navegador francês que aqui aportou, encontrar apenas 15 sítios com o total de 147 brancos.

A arquitetura açoriana é visível em muitos locais de Florianópolis. Estas são casas em Santo Antônio de Lisboa

Em 1739, precisamente em 7 de março, aportou na ilha de Santa Catarina o brigadeiro José da Silva Pais, nomeado primeiro governador da Capitania de Santa Catarina. Trazia a missão de construir fortificações que dessem ao porto uma base segura, para defesa da costa ao Sul e ao Norte e, ao mesmo tempo, presidir a colonização sistemática da região. Com essa finalidade, o governo português determinou, por meio de editais, aliciar colonos nas ilhas dos Açores, Madeira e outras, transportando-os a Santa Catarina.

A Provisão Régia de 9 de agosto de 1747 providenciou as medidas necessárias para essa colonização.

Mais de setenta anos após a chegada de Dias Velho, em março de 1748, estabeleceu-se a primeira colônia de portugueses açorianos às margens da Lagoa da Conceição, no interior da Ilha de Santa Catarina. Pouco depois, a segunda colônia estabeleceu-se em Santo Antônio de Lisboa. Outras colônias estabaleceram-se no continente: em São Miguel, São José de Terra Firme, Enseada de Brito (que, segundo as crônicas, deve seu nome ao fundador de Laguna, o bandeirante vicentista Domingos de Brito Peixoto) e em Vila Nova, próximo de onde hoje se encontra Imbituba.

O povoado bandeirante fundado por Dias Velho tornou-se município em 23 de março de 1726. Nessa ocasião, a capitania de Santa Catarina já existia desde 11 de agosto de 1738. Nesse tempo, já eram municípios também São Francisco do Sul (desde 1660) e Laguna (desde 1714, embora instalado apenas em 1720).

Em 11 de agosto de 1738 foi criado o primeiro governo regional do Sul do Brasil, em Santa Catarina.

Mapa da ilha de Santa Catarina publicado em 1776.

Em tese defendida por Evaldo Pauli (professor da Universidade Federal de Santa Catarina, membro da Academia Brasileira de Filosofia, do Instituto Histório e Geográfico de Santa Catarina e da Academia Catarinense de Letras), "a Ilha de Santa Catarina, onde se localiza Florianópolis, teve o papel de coordenação geopolítica. A partir de sua posição estratégica formou-se o centro de poder do Sul do Brasil, quando se tratava de conquistar o (território onde hoje se situa)o Rio Grande do Sul. Mas foi sobretudo a partir do povoamento da Ilha de Santa Catarina que se projetou a unidade regional, primeiramente capitania, depois província]] e por último estado. Nasceu a Capitania somente com os limites do município os quais iam ao Sul até Garopaba, ao norte até Camboriú. Logo se anexaram os municípios de Laguna (1742), São Francisco (1750), depois também o Planalto de Lages (1820). Portanto, a partir de Florianópolis se criou o estado de Santa Catarina. Sem Florianópolis o estado talvez não existisse. Dessa sorte, sem a capital, Florianópolis, o estado até poderia desintegrar-se, por lhe faltar um sentido histórico. Mais uma vez parece claro que a história é um elemento de ação no comportamento humano. Temos, por conseguinte, clara a importância do conhecimento das nossas origens históricas, e que são bandeirantes."

Século XIX

Nos séculos XVII e XIX pela ilha passaram vários navegantes, que deixaram registradas suas impressões sobre o local

Ver também

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