Humberto de Bettencourt de Medeiros e Câmara
Humberto de Bettencourt de Medeiros e Câmara | |
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Nascimento | 31 de janeiro de 1875 Ponta Delgada |
Morte | 23 de dezembro de 1963 (88 anos) Ponta Delgada |
Cidadania | Portugal, Reino de Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | professor, poeta, político |
Humberto de Bettencourt de Medeiros e Câmara (Ponta Delgada, 31 de Janeiro de 1875 — Ponta Delgada, 23 de Dezembro de 1963), mais conhecido por Humberto Bettencourt, foi um intelectual e político açoriano, sócio fundador do Instituto Cultural de Ponta Delgada.[1] Atuou como diretor do jornal O Correio Micaelense entre 1908 e 1910, durante o fim da monarquia portuguesa.[2][3]. Em seguida, foi diretor da Escola Normal de Ponta Delgada.[4]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido em Ponta Delgada, irmão do conselheiro Luís Bettencourt de Medeiros e Câmara. Formou-se bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra. Regressado aos Açores, optou por uma carreira de professor do ensino secundário no Liceu de Ponta Delgada e na Escola Normal de Ponta Delgada, dedicando-se à docência até falecer.[5]
Desde cedo mostrou interesse pelo jornalismo e pela escrita. Em 1894, ainda estudante liceal, fundou com outros a revista Exoterismos, de Ponta Delgada, órgão dos simbolistas. Enquanto estudante em Coimbra, acamaradou com Afonso Lopes Vieira, Eugénio de Castro e Carlos Mesquita, cultivando o seu pendor para a poesia. Contudo, acabou por se afastar do simbolismo.[5]
Após o seu regresso à ilha de São Miguel, converteu-se ao neogarretismo e, mais tarde, ao nacionalismo literário e dedicou boa parte da sua vida ao jornalismo. Nos período final da Monarquia Cosntitucional, entre 1908 e 1910, dirigiu o Correio Micaelense, o órgão do Partido Progressista na ilha de São Miguel.
Para além de importante participação na vida política, com forte participação nas lutas autonómicas, foi dedidicado às causas intelectais. Foi sócio fundador e primeiro presidente da direcção do Instituto Cultural de Ponta Delgada.[6]
A sua obra poética permanece na sua maioria dispersa, embora tenha sido publicada uma antologia em 1955, intitulada A Ilha Nova e Outras Rimas Esparsas.[7][8]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ DRC. «Direção Regional da Cultura». Cultura Açores. Consultado em 9 de janeiro de 2022
- ↑ «Agencia Funerária Ferreira – Ponta Delgada – São Miguel – Açores » Humberto de Bettencourt». Consultado em 9 de janeiro de 2022
- ↑ Ribeiro, Maria Manuela Tavares (1 de dezembro de 2010). «Outros combates pela história». Imprensa da Universidade de Coimbra / Coimbra University Press. Consultado em 9 de janeiro de 2022
- ↑ «Humberto de Bettencourt Medeiros e Câmara (Diretor da Escola Normal de Ponta Delgada)». www.arquivo.presidencia.pt. Consultado em 9 de janeiro de 2022
- ↑ a b Enciclopédia Açoriana: «Bettencourt, Humberto».
- ↑ João Hickling Anglin, «Elogio fúnebre» in Insulana, Ponta Delgada, XIX (1963), p. 233.
- ↑ A Ilha Nova e Outras Rimas Esparsas. Lisboa, Instituto Cultural de Ponta Delgada, 1955.
- ↑ Pedro da Silveira, Antologia de Poesia Açoriana, p. 212. Lisboa, Sá da Costa:, 1977.