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Hydrocotyle vulgaris

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Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Apiales
Família: Araliaceae
Género:     Hydrocotyle
Espécie: H. vulgaris
Nome binomial
Hydrocotyle vulgaris

Hydrocotyle vulgaris, comummente conhecida como trevão[1],   é uma planta perene do tipo fisionómico dos helófitos, pertencente à família Apiaceae.[2]

É uma planta glabra, salvo no pecíolo das folhas e, por vezes, nas inflorescências. Conta com caules prostrados e largam raízes a partir dos nós inferiores.[3]

Relativamente às folhas, estas são peltadas, assumindo formatos que podem ir de orbiculares a suborbiculares, com pequenos recortes marginais e arredondados[4]. A a base tem um formato sensivelmente redondo, ostentando 7 a 9 nervuras principais e contando ainda com pecíolos hirsutos na parte superior.[3]

Dispõe, ainda, de duas estípulas membranáceas, que caducam por ora da na época de floração, que ocorre de Maio a Novembro[4].

Por seu turno, as inflorescências são axilares, apresentando dimensões mais reduzidas ou sensivelmente semelhantes às das folhas contíguas.[3] Estas inflorescências não costumam ramificar, sendo raros os casos em que há mais do que uma umbela a despontar dum único eixo de crescimento.[3]

Quanto às umbelas, costumam ter duas a seis (e em raras ocasiões oito) flores sésseis ou subsésseis, as quais são hermafroditas, dotadas de uma bractéola lanceolada e aguda, cálice sem dentes e pétalas de coloração que alterna entre o alvadio a amarelo[1], amiúde sarapintadas com pintas castanho-avermelhadas.[3]

Dispõe de um disco epigínico nectarífero, resultante de um espessamento da base dos estiletes, chamado estilopódio. Durante a frutificação, altura em que gera frutos amarelos com pintas castanho-avermelhadas, o estilete mantém-se.[3]

Distribuição

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Encontra-se em grande parte da Europa continental, no Norte, no Centro e nalgumas regiões circunspectas da orla mediterrânea.[5]

Trata-se de uma espécie autóctone de Portugal Continental e do arquipélago dos Açores.[6]

Mais concretamente, quanto a Portugal continental, medra nas zonas do Noroeste Ocidental, na Terra Quente transmontana, em todas as zonas do Centro-Oeste, no Centro-Sul Miocénico e Plistocénico e nas zonas do Sudoeste Setentrional e Meridional.[4]

Mais concretamente, quanto aos Açores, aparece na ilha de São Miguel, na ilha Terceira, na ilha de São Jorge, na ilha do Pico, na ilha do Faial e na ilha das Flores, não surgindo nas restantes ilhas do arquipélago.

Medra em campinas e várzeas húmidas, é ainda uma espécie ripícola[4], que se dá na orla de cursos de água, em tremedais, terrenos turfosos, brejos e noutros sítios mádidos nas cercanias da orla costeira.[2]

Na tradição folclórica portuguesa, o trevão chegou a ser usado na confecção de mezinhas, como purgante e diurético.[1][3]

Referências

  1. a b c Infopédia. «trevão | Definição ou significado de trevão no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 17 de junho de 2021 
  2. a b «Flora-On | Flora de Portugal». flora-on.pt. Consultado em 17 de junho de 2021 
  3. a b c d e f g «Hydrocotyle vulgaris». www.biorede.pt. Consultado em 17 de julho de 2021 
  4. a b c d «Jardim Botânico UTAD | Hydrocotyle vulgaris». webcache.googleusercontent.com. Consultado em 30 de dezembro de 2020 
  5. «Hydrocotyle vulgaris — World Flora Online». www.worldfloraonline.org. Consultado em 19 de agosto de 2020 
  6. «Flora-On | Flora de Portugal». flora-on.pt. Consultado em 17 de julho de 2021 
  • Erik Sjogren - Plantas e Flores dos Açores. Edição do autor, 2001.

Ligações externas

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