Iara Lee

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Iara Lee
Nascimento abril de 1966
Brasília
Cidadania Brasil
Cônjuge George Gund III
Ocupação realizadora de cinema, produtora cinematográfica, ativista

Iara Lee (Brasília, 1966) é uma produtora e cineasta brasileira, de ascendência coreana, radicada em Nova York.

Entre 1984 e 1989, foi produtora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Em 1989 mudou-se para Nova York, onde fundou a empresa de multimídia Caipirinha Productions, com a finalidade de explorar múltiplas formas de expressão artística (cinema, música, arquitetura e poesia).

Entre suas obras estão os documentários Synthetic Pleasures (1995), que trata do impacto da alta tecnologia sobre a cultura de massas, Modulations (1998), sobre música eletrônica e [1][2][3] Seu projeto mais recente é Beneath the borqa, sobre as mulheres e crianças do Afeganistão.[4]

Iara Lee é também militante pela paz e pelo diálogo entre civilizações.[5] Tem colaborado com várias iniciativas, incluindo a Campanha Internacional pela Eliminação de Bombas de Fragmentação, Conflict Zone Film Fund e o primeiro concerto da Filarmônica de Nova York na Coreia do Norte, em 2008. Enquanto residia no Líbano, em 2006, Iara vivenciou os 34 dias de bombardeio israelense contra o país. A partir dessa experiência, criou a campanha Make Films Not War e, desde então, continuou a militar pela paz no Oriente Médio. Em 2008 Iara morou no Irã, onde apoiou diversos projetos de intercâmbio cultural com o Ocidente, voltados à promoção de relações pacíficas entre Washington e Teerã.[6]

Em maio de 2010, participou da Flotilha da Liberdade, organizada pelo movimento Free Gaza [7], para levar uma de carga 10.000 toneladas de ajuda humanitária à Faixa de Gaza[8] e protestar contra o bloqueio imposto por Israel e Egito ao território. A flotilha foi atacada pelas forças isralenses, quando tentava furar o bloqueio.

Carreira Cinematográfica[editar | editar código-fonte]

Iara também continuou a filmar e produzir documentários. Entre seus trabalhos mais recentes estão: "K2 and the Invisible Footmen", gravado no Norte do Paquistão, sobre a situação de seus heróis mais obscuros, carregadores nativos da região que acompanham expedições até o K2, segundo maior pico da Terra; "Life is Waiting: Referendum and Resistance in Western Sahara" observa os 40 anos da ocupação marroquina sobre o Saara e a luta pacífica de seu povo pela autodeterminação aonde o colonialismo nunca acabou. Em 2013 Iara realizou o curta-metragem "The Kalasha and the Crescent" que narra como um movimento indígena no Norte do Paquistão está reagindo aos desafios que sua cultura enfrenta hoje. Em 2012 ela lançou o documentário "The Suffering Grasses: When Elephants Fight It Is The Grass That Suffers" ("A Grama que Sofre: Quando Elefantes Lutam é a Grama Que Sofre"), examinando o conflito da Síria através da humanidade da sua população sendo morta, oprimida e deslocada para a miséria dos campos de refugiados.

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Cultures of Resistance: Feature Film
  2. «Modulations - cinema for the ear. Consultado em 1 de junho de 2010. Arquivado do original em 12 de abril de 2007 
  3. Cineasta brasileira estava a bordo de comboio atacado por Israel, por Samy Adghirni. Folha de S.Paulo, 31 de maio de 2010
  4. «Dados biográficos». Consultado em 1 de junho de 2010. Arquivado do original em 8 de junho de 2010 
  5. Cultures of Resistance
  6. Dados biográficos
  7. Brasileira relata na web participação no comboio atacado por Israel. G1, 31 de maio de 2010
  8. «10 dead as Israeli commandos storm aid flotilla». BBC News. Consultado em 1 de junho de 2010