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Inversão uterina

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Inversão uterina
Inversão uterina
Inversão uterina completa
Especialidade Obstetrícia
Sintomas Hemorragia pós parto, dor abdominal, presença de massa em vagina, hipotensão[1]
Tipos Primeiro, segundo, terceiro e quarto graus[1]
Fatores de risco Tracionar o cordão umbilical ou pressionar o fundo do útero antes que a placenta tenha se descolado, atonia uterina, placenta prévia, distúrbios do tecido conjuntivo[1]
Método de diagnóstico Visualização do interior do útero na vagina[2]
Condições semelhantes Mioma uterino, atonia uterina, distúrbios de coagulação, retenção de placenta[1]
Tratamento Reanimação convencional, reposicionamento imediato do útero[1]
Medicação Ocitocina, antibióticos[1]
Prognóstico ~15% de risco de óbito[3]
Frequência Cerca de 1 em cada 6.000 partos[1][4]
Classificação e recursos externos
CID-10 N85.5
CID-9 665.2
CID-11 778346821
MeSH D019687
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A inversão uterina ocorre quando o útero vira do avesso, geralmente após o parto . [1] Os sintomas incluem hemorragia pós-parto, dor abdominal, presença de massa na vagina e hipotensão arterial. [1] A inversão raramente ocorre sem estar associada com a gravidez . [5]

Os fatores de risco incluem a tração do cordão umbilical ou a compressão do fundo do útero antes que a placenta esteja descolada.[1] Outros fatores de risco incluem a atonia uterina, a placenta prévia, e distúrbios do tecido conjuntivo.[1] O diagnóstico é feito ao se visualizar o interior do útero ou dentro ou saindo pela vagina.[2][6]

O tratamento compreende a reanimação convencional juntamente com o reposicionamento do útero o mais rápido possível.[1] Se o reposicionamento manual não for eficaz, a cirurgia é indicada.[1] Após o reposicionamento do útero é recomendado o uso de ocitocina e antibióticos.[1] A placenta pode então ser removida, se ainda estiver presa.[1]

A inversão uterina ocorre em cerca de 1 em cada 2.000 até 1 em cada 10.000 partos.[1][4] A frequência é maior nos países em desenvolvimento.[1] O risco de morte para a mãe é de cerca de 15%, embora historicamente tenha chegado a 80%.[3][1] Esta condição foi descrita por Hipócrates já em 300 AC.[1]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s Bhalla, Rita; Wuntakal, Rekha; Odejinmi, Funlayo; Khan, Rehan U (Janeiro 2009). «Acute inversion of the uterus». The Obstetrician & Gynaecologist. 11 (1): 13–18. doi:10.1576/toag.11.1.13.27463 
  2. a b Mirza, FG; Gaddipati, S (Abril 2009). «Obstetric emergencies.». Seminars in Perinatology. 33 (2): 97–103. PMID 19324238. doi:10.1053/j.semperi.2009.01.003 
  3. a b Gandhi, Alpesh; Malhotra, Narendra; Malhotra, Jaideep; Gupta, Nidhi; Bora, Neharika Malhotra (2016). Principles of Critical Care in Obstetrics (em inglês). [S.l.]: Springer. ISBN 9788132226925. Consultado em 3 de outubro de 2018. Cópia arquivada em 4 de outubro de 2018 
  4. a b Andersen, H. Frank; Hopkins, Michael P. (2009). «Postpartum Hemorrhage». The Global Library of Women's Medicine. doi:10.3843/GLOWM.10138 
  5. Mehra, R; Siwatch, S; Arora, S; Kundu, R (12 de dezembro de 2013). «Non-puerperal uterine inversion caused by malignant mixed mullerian sarcoma.». BMJ Case Reports. 2013: bcr2013200578. PMC 3863018Acessível livremente. PMID 24334469. doi:10.1136/bcr-2013-200578 
  6. Apuzzio, Joseph J.; Vintzileos, Anthony M.; Berghella, Vincenzo; Alvarez-Perez, Jesus R. (2017). Operative Obstetrics, 4E (em inglês). [S.l.]: CRC Press. ISBN 9781498720588. Consultado em 3 de outubro de 2018. Cópia arquivada em 4 de outubro de 2018