Joaquim Ferreira Torres

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Joaquim Ferreira Torres, nome profissional de Joaquim Torres Ferreira (Rebordelo, 13 de maio de 1925[1]Paredes, 21 de agosto de 1979[2]) foi um empresário e autarca português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Foi marçano e comerciante de vinhos em Rio Tinto, antes de se estabelecer em Angola, onde fez fortuna em negócios de diamantes.[1] Regressado a Portugal, investiu no imobiliário, foi sócio de uma casa de câmbios e ligou-se à indústria têxtil, criando a Silma, em Famalicão.[1] Em 1971 foi designado presidente da Câmara Municipal de Murça, onde teve também instalada uma filial da Silma. Granjeando o apoio da população, resistiu à intempérie do 25 de Abril de 1974 e só em dezembro desse ano foi substituído, à força, pelo então governador civil de Vila Real, Montalvão Machado.[1] Membro do Movimento Democrático de Libertação de Portugal e do Exército de Libertação de Portugal, foi acusado de partcipar na rede bombista que levou a cabo uma série de atentados na sequência do PREC,[3] mas seria absolvido deste processo, a 6 de julho de 1978.[1] Na manhã de 21 de Agosto de 1979, quando seguia ao volante de um Porsche vermelho, foi assassinado com três tiros. Um dos casos mais polémicos da justiça portuguesa, o julgamento deste crime nunca chegou a ser realizado, nem sequer apurados os resultado da sua investigação.[2] Era irmão do autarca e dirigente desportivo Avelino Ferreira Torres.

Referências

  1. a b c d e Miguel Carvalho. «Os segredos do Barro Branco» (PDF). Visão. Consultado em 1 de janeiro de 2015. Cópia arquivada (PDF) em 8 de fevereiro de 2016 
  2. a b Roberto Bessa Moreira. «Joaquim Ferreira Torres morreu há 35 anos num crime nunca descoberto». Verdadeiro Olhar Semanário. Consultado em 1 de janeiro de 2015 
  3. Joaquim Gomes. «35 anos da morte de Ferreira Torres». Sol. Consultado em 1 de janeiro de 2015