Johan Andreas Murray

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Johan Andreas Murray
Johan Andreas Murray
Nascimento 29 de janeiro de 1740
Estocolmo
Morte 22 de maio de 1791 (51 anos)
Gotinga (Sacro Império Romano-Germânico)
Cidadania Suécia
Progenitores
  • Andreas Murray
Irmão(ã)(s) Gustaf Murray, Adolf Murray
Alma mater
Ocupação botânico, médico, entomologista, farmacólogo
Empregador(a) Universidade de Göttingen

Johan Andreas Murray (Estocolmo, 27 de janeiro de 1740Göttingen, 22 de maio de 1791) foi um médico, farmacólogo e botânico que se distinguiu no campo da investigação dos compostos de origem vegetal com aplicações médicas. Publicou importantes trabalhos sobre medicamentos derivados de plantas.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Johan Anders Murray nasceu em Estocolmo em 27 de janeiro de 1740, filho do pregador e teólogo prussiano de origem escocesa Andreas Murray (1695-1771). Foram seus irmãos os professores universitários Johann Philipp Murray (1726-1776) e Adolph Murray (1751-1803) e o bispo Gustaf Murray (1747-1825).[2]

Murray estudou de 1756 a 1759 na Universidade de Uppsala, onde foi aluno de Carl Linnaeus. Em 1760, foi para a Universidade de Göttingen, onde obteve o grau de doutor em medicina em 1763.[1] Em 1769, foi nomeado professor e diretor do jardim botânico de Göttingen, cidade onde se fixou[1] e onde em 1772 casou com Eleonora Margaretha Conradi (1749–1827).

Nas suas funções de director do Jardim Botânico de Göttingen desenvolveu larga investigação sobre as propriedades das plantas medicinais, na época o principal interesse dos botânicos, e sobre as formas pelas quais os medicamentos derivados de plantas poderiam ser preparados e administrados.[3]

Murray afirmou-se como um dos mais proeminentes farmacologistas e botânicos do seu tempo. O seu principal trabalho, intitulado Apparatus medicaminum (1776–1792), publicado em seis volumes, dos quais o último foi publicado após a sua morte, é uma compilação abrangente de remédios de origem vegetal. O título completo é Apparatus medicaminum tam simplicium quam præparatorum et compositorum in praxeos adiumentum consideratus, ou seja Preparação de medicamentos simples e preparados para aplicações práticas.

Para além dos resultados da sua própria investição, publicou traduções alemãs de vários escritos de médicos e botânicos suecos.[1] Em 1774 publicou a tradução para alemão da 13.ª edição da obra de Linnaeus Systema Naturæ sob o título de Systema Vegetabilium, com uma introdução da sua autoria intitulada Regnum Vegetabile.[4], obra cuja abreviatura padrão é Syst. Veg..[5] A 14.ª edição foi publicada em 1784.

Em 1791, Murray foi eleito membro da American Philosophical Society.[6] Murray faleceu em Göttingen a 22 de maio de 1791.[1]

O género de citrinos (família Rutaceae) Murraya J.G. Koenig ex L. foi assim denominado em homenagem a Johan Andreas Murray.[7]

Do seu casamento com Murray Eleonora Margaretha Conradi (1749–1827) nasceram quatro filhas: Eleonora Johanna Margaretha casaou na família Seidensticker (1773–1810), Elisabeth Margaretha Carolina casou na família Loewenich (1774–1842), Louise Sophie Charlotte casou na família Lueder (1781–1849) e Fredrike Amalie Sophie (1787–1862) que casou com o diplomata português Joaquim José Lobo da Silveira, o 7.º conde de Oriola, tendo usado o título prussiano Gräfin von Oriola.

Obras[editar | editar código-fonte]

Murray é autor de múltiplos artigos, tratados e traduções, entre os quais:

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e Murray: 1. Johan Anders M.
  2. MURRAY, ANDREAS och hans söner 1843.
  3. Feingold & Brotons 2006, p. 267.
  4. Rousseau 2011, p. 118.
  5. Griffiths, Griffiths (junho 1785). The Monthly Review (see The Monthly Review). [S.l.: s.n.] p. 401 
  6. «Johann A. Murray». American Philosophical Society Member History. American Philosophical Society. Consultado em 16 dezembro 2020 
  7. Lotte Burkhardt: Verzeichnis eponymischer Pflanzennamen – Erweiterte Edition. Teil I und II. Botanic Garden and Botanical Museum Berlin, Freie Universität Berlin, Berlin 2018, ISBN 978-3-946292-26-5 doi:10.3372/epolist2018.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]