José Boavida Portugal

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José Boavida Portugal
Nascimento 1889
Morte 1931
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Ocupação jornalista, escritor

José Manuel Boavida Portugal (18891931), com o nome por vezes grafado José Boavida-Portugal, foi um jornalista, publicista e escritor.[1][2] Notabilizou-se pela realização em 1912 de um inquérito sobre o estado da literatura portuguesa, que envolveu os principais intelectuais da época,[3] tendo ainda publicado algumas obras de carácter doutrinário sobre educação e cultura. Foi próximo de Fernando Pessoa, que escreveu diversos artigos que apareceram em periódicos por ele dirigidos. Foi pai do também jornalista José Moreira da Silva Boavida Portugal.[4]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Entre setembro e dezembro de 1912, Boavida Portugal promoveu a realização de um inquérito sobre o estado da literatura portuguesa no qual participam as principais figuras da intelectualidade da época: Júlio de Matos, Lopes de Mendonça, Teixeira de Pascoais, Augusto de Castro, Gomes Leal, João Grave, Gonçalves Viana, Adolfo Coelho, Veiga Simões, Júlio Brandão, Visconde de Vila Moura e Malheiro Dias.[3] A realização e publicação dos resultados do inquérito foram apoiadas pelo República, que acolheu nas suas páginas a discussão em torno do estado da produção literária portuguesa do tempo.

Obras[editar | editar código-fonte]

Entre muitas outras, é autor da seguintes obras:

  • Inquérito literário : inquérito à vida literária portuguesa, Lisboa : Clássica Editora, 1915.
  • A mulher de luto processo ruidoso e singular. Polyanthéa (em colaboração com Gomes Leal e outros). Lisboa: Livraria Central Editora, 1924.
  • Cartilha nova : doutrina moral, [S.l.] : [s.n.], 1900.
  • Da liberdade à democracia. Lisboa : Livraria Central Editora, 1923.
  • Portugal, terra de heróis. [S.l.] : [s.n.], 1918.
  • Depois da guerra... o que deverá ser a educação em Portugal: As Câmaras e o ensino e os problemas nacionais. Lisboa : Tip. F. Monteiro, 1918.
  • Duas teses queimadas: notas e comentários a um caso escandaloso (em colaboração com Calado Rodrigues). Lisboa : [s.n.], 1924.
  • Eça de Queiroz e o mundo do nosso tempo. Lisboa : Impr. Grafica Lisbonense, 1947.
  • Eça de Queiroz, bolchevista : ensaio crítico. Lisboa : Livraria Central, 1930.
  • Organização nacional. Lisboa : Tip. Emílio Braga, [1924].
  • Paraíso perdido (novela). Lisboa, Livraria Central Editora, 192-?.
  • Voz da mocidade jornal academico sciencias, lettras e artes
  • O elogio do professor : a sua missão social. Lisboa : Livraria Central Editora, 1912.
  • Teatro: revista de crítica (periódico). Lisboa : Empreza do Teatro, 1913.

Notas