José Maria de Medeiros

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José Maria de Medeiros
José Maria de Medeiros
Nascimento 3 de setembro de 1849
Morte 1925 (75–76 anos)
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil, Reino de Portugal, Portugal
Ocupação professor, desenhista, pintor
Empregador(a) Universidade Federal do Rio de Janeiro

José Maria de Medeiros (Ilha do Faial, 3 de setembro de 1849Rio de Janeiro, 1925) foi um pintor português naturalizado brasileiro.

Em 1867 entrou no Liceu de Artes e Ofícios, e em 1868 ingressou na Academia Imperial de Belas Artes, estudando com Vítor Meirelles e Francisco de Sousa Lobo. Entre 1879 e 1891 foi professor de desenho figurado na academia, e entre 1891 e 1911 no Asilo de Menores Desamparados.

Recebeu a Ordem Imperial da Rosa em 1884, no grau de oficial, pelo seu quadro Iracema, hoje no Museu Nacional de Belas Artes.

Vida[editar | editar código-fonte]

Depois de seu ingresso na Academia Imperial de Belas Artes, José Maria de Medeiros, no ano de 1871, recebe uma medalha de prata durante a Exposição Geral de Belas Artes e, logo em seguida, uma medalha de ouro com seu quadro Retrato de Senhora, no ano de 1876.[1] Decorridos dois anos de sua premiação, torna-se professor de desenho figurado na Aiba, por meio de um concurso que prestou.[1]  

Em 1882 passa a exercer a função de catedrático, como resultado de sua recente naturalização como brasileiro. No ano de 1884 revela dois quadros importantes de sua carreira: Morte de Sócrates e Iracema. Estes que trazem certo reconhecimento para suas habilidades na área.[1]

É notório ressaltar que entre seus discípulos estão: Eliseu Visconti, Baptista da Costa, Belmiro de Almeida e Oscar Pereira da Silva.[1]

Já em 1891, o pintor deixa a AIBA (Academia Imperial de Belas Artes) e passa a exercer o magistério no ensino público de segundo grau, porém, seis anos depois, passa a atuar no Instituto Profissional João Alfredo.[1]

Longos anos se passam, até que, em 1948, recebe o reconhecimento do Museu Nacional de Belas Artes por meio da Retrospectiva da Pintura no Brasil, também no Rio de Janeiro.[1]    

Tratando-se de comentários críticos sobre o autor, pode-se dizer que destoa da maioria de sua época, uma vez que não procura adquirir conhecimento por meio do estudo das tendências artísticas europeias. Na realidade, apoia e constrói seu arcabouço acadêmico e técnico a partir do ensino lecionado no Brasil. Desse modo, se destaca como uma figura representativa dos resultados de aprendizado, sem a interferência do exterior.[1] Demonstra, por fim, como o neoclassicismo adquire contornos românticos no país, e como isso é uma característica intrinsecamente brasileira, por ser proveniente de um artista extremamente arraigado ao que se produzia de mais genuíno no Brasil.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h Cultural, Instituto Itaú. «José Maria de Medeiros | Enciclopédia Itaú Cultural». Enciclopédia Itaú Cultural 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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