Kairō

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Exemplo de kairo

O kairō (回廊 ou 廻廊?), bu (?), sōrō ou horō (歩廊?) é a versão Japonesa de um claustro. Ele é um corredor coberto originalmente construído em torno da área mais sagrada de um templo budista, onde se localizava a o Kondō (sala principal do templo, onde se encontra o objeto mais importante de veneração) e a pagoda (torre que funciona como relicário). Hoje em dia, ele pode ser encontrado também em templos xintoístas e em casas aristocráticas construídas ao modelo shinden-zukuri.[1]

O kairō e o rōmon estavam entre os elementos mais importantes para o garan (modelo de sete estruturas ideais para o complexo de um templo budista), surgido durante o período Heian.[2] O primeiro cercava a parte mais sagrada de um garan, enquanto o segundo era a saída principal do mesmo. Nenhum dos dois elementos era originalmente característico de templos xintoístas, mas com o passar do tempo foram gradualmente substituindo o tamagaki (cerca) que tradicionalmente cercava os santuários xintoístas. O primeiro exemplo de um complexo com kairō e rōmon pode ser encontrado em Yawata, em Iwashimizu Hachimangū, um atual santuário mas um antigo "templo-santuário" (神宮寺 jingū-ji?). Acredita-se que o rōmon do santuário foi construído em 886, aproximadamente ao mesmo tempo que o kairō.[3]

Dois tipos de kairō existem: um com um ken de largura e outro com dois ken. 

Tanrō[editar | editar código-fonte]

O tipo com apenas 1 ken de largura é suportado por apenas duas linhas de pilares, e por isso é chamado tanrō (単廊 lit. corredor único?). Janelas típicas, chamadas de renjimado (連子窓?) (ver galeria) permitem que a luz entre e o ar circule por dentro da estrutura.[4]

Fukurō[editar | editar código-fonte]

O kairō com dois ken é suportado por três linhas de pilares e chamado de fukurō (複廊 lit. múltiplos corredores?), e é dividido em dois corredores por uma parede. Embora se saiba que vários existiam em grandes templos budistas, como por exemplo no Todai-ji, nenhum permanece em pé nos dias atuais.[5] Alguns fukurō sobrevivem em santuários xintoístas.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Notas

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Kairō», especificamente desta versão.

Referências

  1. «Kairou» 
  2. Fujita Masaya, Koga Shūsaku, ed. (10 de abril de 1990). Nihon Kenchiku-shi. [S.l.: s.n.] ISBN 4-8122-9805-9 
  3. Sobre o assunto do santuário-templo complexos, consulte o artigo Shinbutsu shūgō.
  4. Kenkyūkai., Hakuhō Bunka; 白鳳文化研究会. (2008). Yakushiji hakuhō garan no nazo o toku. Tōkyō: Fuzanbō Intānashonaru. ISBN 9784902385588. OCLC 230804590 
  5. «Fukurou» 
Ícone de esboço Este artigo sobre arquitetura é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.