La gitanilla

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La gitanilla (A ciganinha, em português) é uma novela de Miguel de Cervantes, que abre sua coleção de relatos breves Novelas exemplares[1] (Madri, Juan de la Cuesta, 1613).

Cecilio Plá, La gitanilla

Esta novela, que segue a tradição italiana de novellieri criada por figuras como Giovanni Boccaccio e desenvolvida por autores como Matteo Bandello no renascimento italiano, é o pórtico do tomo em que Cervantes reuniu suas doze novelas de assunto amoroso intitulado Novelas exemplares. É também a mais extensa de todas elas. Nela se utiliza o conhecido recurso da anagnórise, através do qual a ciganinha é reconhecida no desenlace como de origem nobre. A jovem foi educada pelos ciganos e vive tocando e cantando para ganhar seu sustento, quando um nobre se enamora dela. Para segui-la, como prova de amor, aceita a vida nômade e marginal com ela, e, por fim, traz o reconhecimento da sua verdadeira condição. A novela acaba em feliz matrimônio entre iguais.

Joseph V. Recapito vê nesta novela "um ataque [de Cervantes] contra a posição oficial em relação aos ciganos como minoria na Espanha da época"[2].

Referências

  1. Miguel de Cervantes Saavedra. Novelas ejemplares. Madrid: Cátedra, 2001
  2. Joseph V. Ricapito. Cervante’s novelas ejemplares: between history and creativity. West Lafayete (Indiana): Purdue University Press, 1999. pg. 35. Disponível online em inglês.

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