Línguas malaio-sumbawas
As línguas malaio-sumbawas configuram um subgrupo proposto das línguas austronésias que une as línguas malaicas e châmicas com as línguas de Java e do oeste das Pequenas Ilhas de Sonda, exceto o javanês (Adelaar 2005).[1][2] Caso válida, seria o maior tronco linguístico demonstrado do subgrupo malaio-polinésio após as línguas oceânicas. O subgrupo malaio-sumbawa, entretanto, não é universalmente aceito e é rejeitado, por exemplo, por Blust (2010) e Smith (2017), que apoiaram as hipóteses do Grande Bornéu do Norte e da Indonésia Ocidental.[3][4] Em um artigo de 2019 publicado na Oceanic Linguistics, Adelaar aceitou ambos os agrupamentos, além da redefinição de Smith (2018) das línguas Barito formando um vínculo.[5][6]
Classificação
[editar | editar código-fonte]Segundo Adelaar (2005), a composição da família é a seguinte:[1]
Malaio-sumbawas
- Sundanês (1 ou 2 línguas do oeste de Java; inclui a língua Baduy)
- Madurês (2 línguas do leste de Java e Ilha Madura, incluindo a língua kangeana)
- Malaio-châmico – BSS
- Línguas châmicas (uma dúzia de idiomas, incluindo o achinês em Achém na Indonésia e a língua cham em Vietnã do Sul, Camboja e ilha de Ainão na China)
- Malaio (uma dúzia de línguas dispersas no Bornéu ocidental ou na Sumatra central, incluindo malaio (malaio/indonésio), minangkabau na Sumatra central e Iban no Bornéu ocidental)
- Línguas bali–sasak–sumbawas (3 idiomas)
Especificamente, o javanês é excluído; as conexões entre javanês e Bali-Sasak são principalmente restritas ao registro 'alto' e desaparecem quando o registro 'baixo' é tomado por parâmetro representativo das línguas. Isso é semelhante ao caso do inglês, no qual um vocabulário mais 'refinado' sugere uma conexão com o francês, mas a linguagem básica demonstra sua relação mais próxima com as línguas germânicas, como o alemão e o holandês. A língua moken também é excluída.
O sudanês parece compartilhar mudanças de som especificamente com a língua lampung, mas esta não se encaixa no malaio-Sumbawa de Adelaar.[7]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Gil, David (2012). "A Área Linguística Mekong-Mamberamo".
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b Adelaar, Alexander. 2005. Malayo-Sumbawan. Oceanic Linguistics, Vol. 44, No. 2 (Dec., 2005), pp. 357-388.
- ↑ K. Alexander Adelaar and Nikolaus Himmelmann, The Austronesian languages of Asia and Madagascar. Routledge, 2005
- ↑ Blust, Robert (2010). «The Greater North Borneo Hypothesis». University of Hawai'i Press. Oceanic Linguistics. 49 (1): 44–118. JSTOR 40783586. doi:10.1353/ol.0.0060
- ↑ Smith, Alexander D. (dezembro de 2017). «The Western Malayo-Polynesian Problem». University of Hawai'i Press. Oceanic Linguistics. 56 (2): 435–490. doi:10.1353/ol.2017.0021
- ↑ Smith, Alexander D. (2018). «The Barito Linkage Hypothesis, with a Note on the Position of Basap». Journal of Southeast Asian Linguistic Society. 11 (1)
- ↑ Adelaar, Alexander (2019). «Dual *kita in the History of East Barito Languages». University of Hawai'i Press. Oceanic Linguistics. 58 (2): 414–425. doi:10.1353/ol.2019.0014
- ↑ Karl Andebeck, 2006. 'An initial reconstruction of Proto-Lampungic'