Lúcio Vitélio, o Jovem

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Lúcio Vitélio
Cônsul do Império Romano
Consulado 48 d.C.
Nascimento 16 d.C.
Morte 69 d.C.

Lúcio Vitélio (em latim: Lucius Vitellius; 1622 de dezembro de 69 (53 anos)), dito o Jovem (em latim: Novis ou Minor) foi um senador romano nomeado cônsul sufecto para o segundo semestre de 48 com Caio Vipstano Messala Galo. Era o segundo filho de Lúcio Vitélio, o Velho, com Sextília e irmão mais novo do futuro imperador Vitélio[1].

Carreira[editar | editar código-fonte]

Depois do consulado, Vitélio serviu como vice de seu irmão, que era procônsul da África, entre 61 e 62[2]. No "ano dos quatro imperadores" (69), Lúcio estava em Roma e teve que acompanhar o imperador Otão, rival de seu irmão, até Mutina. Depois que Vitélio o derrotou na Primeira Batalha de Bedríaco, Lúcio foi de Bonônia para Lugduno para se juntar ao irmão. Como senador, Lúcio foi o acusador do traidor Aulo Cecina Alieno, que tentou bandear para o lado de Vespasiano e foi preso por seus soldados, e Júnio Bleso, filho de Quinto Júnio Bleso, cônsul sufecto em 10 e tio de Lúcio Élio Sejano. Bleso acabou executado por Vitélio em Lugduno e Alieno foi preso[3]. Enquanto Vitélio marchava para enfrentar Vespasiano, Lúcio foi enviado para a Campânia com algumas coortes. Lá, ele cercou e destruiu a cidade de Tarracina.

Depois da derrota de Vitélio na Segunda Batalha de Bedríaco, Lúcio foi capturado perto de Bovillae e forçado a entregar as poucas coortes que comandava. Logo depois foi enforcado juntamente com seu irmão e seu sobrinho por ordem do novo imperador Vespasiano em 22 de dezembro de 69[4][1].

Família[editar | editar código-fonte]

Sua primeira esposa, em 46 ou 47, foi a nobre romana Júnia Calvina, filha de Marco Júnio Silano Torquato, cônsul em 19, com Emília Lépida, uma bisneta de Augusto, mas eles se divorciaram antes de 49. A segunda esposa foi uma mulher chamada Triária. Vitélio não teve filhos de nenhum destes casamentos[1].

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Cláudio IV

com Lúcio Vitélio III
com Caio Calpetano Râncio Sedato (suf.)
com Marco Hordeônio Flaco (suf.)
com Cneu Hosídio Geta (suf.)
com Tito Flávio Sabino (suf.)
com Lúcio Vagélio (suf.)
com Caio Volasena Severo (suf.)

Aulo Vitélio
48

com Lúcio Vipstano Publícola
com Lúcio Vitélio (suf.)
com Caio Vipstano Messala Galo (suf.)

Sucedido por:
Quinto Verânio Nepos

com Caio Pompeu Longo Galo
com Lúcio Mâmio Polião (suf.)
com Quinto Álio Máximo (suf.)


Referências

  1. a b c Tácito, Histórias, livros III e IV
  2. Suetônio, Vidas dos Doze Césares, Vida de Vitélio 5
  3. Tácito, Histórias, III, 39
  4. Suetônio, Vidas dos Doze Césares, Vida de Vitélio 17

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • (em alemão) Werner Eck: Vitellius II 4. In: Der Neue Pauly (DNP). Volume 12/2, Metzler, Stuttgart 2002, ISBN 3-476-01487-8, Pg. 262–263.
  • (em alemão) Gerhard Winkler: Vitellius II.4. In: Der Kleine Pauly (KlP). Vol. 5, Stuttgart 1975, col. 1306 f.
  • Rutledge, Steven H. (2001). Imperial inquisitions. Prosecutors and informants from Tiberius to Domitian (em inglês). Londres: Routledge. p. 288–290. ISBN 0-415-23700-9