Música da Índia

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Tamak ' (d.) E Tumdak' (e.) - tambores típicos do povo Santhal, fotografados em uma vila no distrito de Dinajpur, Bangladesh.

A música da Índia é composta por diversos estilos musicais, desde a música clássica indiana até as músicas pop dos filmes musicais indianos de Bollywood. Entre seus expoentes, estão Ravi Shankar e Sheila Chandra.

A música tradicional do país é ligada à religião e à filosofia.[1]

História[editar | editar código-fonte]

A lenda diz que Brama, uma das mais importantes divindades do hinduísmo, ensinou a arte da música a Narada, que por sua vez passou os ensinamentos aos humanos.[1]

Os mais antigos registros musicais locais são aqueles que compõem o Vedas, e as recitações cantadas foram se tonando parte essencial dos ritos de adoração disseminados pelos arianos conforme eles ocupavam a península indiana.[1] Os ensinamentos do Natya Shastra, que data de vários séculos antes e depois de Cristo; e do Sangita Makarandah, dos séculos VIII e IX, também são considerados importantes ensinamentos históricos.[1]

Em tempos relativamente recentes, no século XVII, autores começaram a dividir a música indiana em dois grupos principais: a música hindustani do norte, influenciada pelas culturas árabe e persa; e a música carnática do sul.[1]

Características[editar | editar código-fonte]

Tradicionalmente, acredita-se que a música pode ser produzida pela vibração do éter - música audível apenas para os deuses - e pela vibração do ar - esta feita e ouvida pelos humanos.[1]

Seu sistema melódico se baseia nos ragas, que são a base de criação musical com 5, 6 ou 7 notas relacionadas com as estações do ano, horas do dia, emoções, castas, etc.

Instrumentos[editar | editar código-fonte]

A música tradicional indiana coloca muita ênfase no canto, a ponto de instrumentos serem tocados de forma a se aproximarem da voz humana. Isso não impediu o surgimento de uma considerável variedade de instrumentos, que são divididos em quatro categorias desde os tempos do Natya Shastra: cordas, sopros, percussão de membranas e percussão de metais.[1]

No grupo das cordas, os exemplo mais notórios são o vina e o sitar, parecidos com o alaúde europeu.[2] Já os sopros consistem geralmente em conchas, trompas e flautas, estas últimas comumente tocadas por krishna em suas representações na arte.[3]

Os instrumentos de percussão podem se mostrar versáteis em termos de tonalidade por conta dos tipos de superfícies concêntricas usadas em suas peles e também pela maneira como o músico acerta sua superfície.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Geoffrey Hindley, ed. (1982). «Music of the oral traditions: Music in India». The Larousse Encyclopedia of Music (em inglês) 2ª ed. Nova York: Excalibur. ISBN 0-89673-101-4 

Referências