Manuel Corona
Manuel Corona | |
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Manuel Corona, um dos quatro grandes da trova.[1] | |
Informação geral | |
Nome completo | Manuel Corona Raimundo |
Nascimento | 17 de junho de 1880 (144 anos) |
Local de nascimento | Caibarién, Villa Clara Cuba |
Morte | 09 de janeiro de 1950 (69 anos) |
Local de morte | Marianao, La Habana |
Nacionalidade | cubano |
Gênero(s) | guaracha, trova |
Ocupação(ões) | compositor, músico |
Instrumento(s) | violão |
Manuel Corona Raimundo (Caibarién, Las Villas, 17 de junho de 1880 — Marianao, Havana, 9 de janeiro de 1950) foi um violonista e compositor cubano, conhecido por uma longa rivalidade artística com o também compositor Sindo Garay.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Manuel Corona nasceu em Caibarién, na província de Las Villas, no dia 17 de junho de 1880. Ao término da guerra de independência cubana, se mudou para Havana onde começou a trabalhar como engraxate e tabaqueiro supervisor de uma fábrica de tabaco.
Seu supervisor na fábrica de tabaco lhe ensinou a tocar o violão e em 1905 começou a tocar em um botequim na zona de prostituição de San Isidro, frequentada por personagens famosos do mundo baixo de Havana. A zona era controlada pelo cafetão (chulo) Alberto Yarini (1882–1910), que se tornou famoso por introduzir prostitutas francesas (chamadas putas) dispostas a realizar atos mais lascivos do que até mesmo os cubanos estavam acostumados.[2] As francesas cortaram drasticamente o lucro das cubanas e o resultado foi uma guerra de gangues na qual Yarini foi morto; Corona esteve presente durante todo esse tempo, cantando e tocando para os apostadores, as prostitutas e os cafetões. Ele e uma das mulheres acabaram criando um caso de amor, e logo seu cafetão estava a sua procura. Em uma de suas composições, Corona diz "Ela era uma prostituta e tinha seu homem, mas eu gostava dela". O cafetão veio atrás dele com uma faca e um corte na mão o impediu de tocar violão novamente. A partir de então ele viveu de suas composições.[3]
Gostava de se reunir em encontros sociais e clubes de família, onde mostrava suas habilidades como músico e compositor. De acordo com a musicóloga María Teresa Linares, Manuel gostava de interagir com outros compositores às vezes através de contestaciones, que não eram nada mais do que respostas para outras canções. É o caso da canção "Animada" que foi escrita como resposta para a canção "Timidez".
Compôs centenas de canções, algumas das mais conhecidas são "Longina", "Santa Cecilia", "La Alfonsa" e "Aurora". Também cultivou outras formas de música popular, como é o caso das guarachas "El servicio obligatorio" e "Cómo está Lola".
Corona faleceu em 1950 em meio ao esquecimento e a pobreza.[4]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- La música y el pueblo, Linares, María Teresa. Tercera Ed. 1984. Editorial Pueblo y Educación, La Habana, Cuba. Pág. 90. SNLC:RC01.19650.2
Referências
- ↑ Canizares, Dulcila 1995. La trova tradicional. 2nd ed, La Habana.
- ↑ Canizares, Dulcila 2000. San Isidro 1910: Alberto Yarini y su epocha. La Habana.
- ↑ Fernandez Robaina, Tomas 1983. Recuerdos secretos de los mujeres publicas. La Habana.
- ↑ Sublette, Ned 2004. Cuba and its music: from the first drums to the mambo. Chicago. p302