Manuel María Paz

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Manuel María Paz
Manuel María Paz
Nascimento 6 de julho de 1820
Almaguer
Morte 16 de setembro de 1902
Bogotá
Cidadania Colômbia
Ocupação desenhista, pintor, geógrafo

Manuel María Paz Delgado (Almaguer, 6 de julho de 1820 — Bogotá, 16 de setembro de 1902)[1] foi um militar, cartógrafo, desenhador e pintor colombiano.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido a 6 de julho de 1820 no município colombiano de Almaguer, Cauca, os seus pais eram Domingo de Paz e Baltazara Delgado, e seus irmãos José Miguel de Paz e Carmen de Paz.[1] Após estudar letras em Almaguer, mudou-se posteriormente para Popayán para servir como soldado na Guarda Nacional, onde juntou-se no dia 29 de dezembro de 1839.[1]

Aguarela Modo de lavar ouro (bateia, 1853)

Participou como soldado raso em várias guerras civis ocorridas na República de Nova Granada.[2][1] Ascendeu à patente de coronel em 1848.[2] Junto com sua carreira militar, ele também desenvolveu sua carreira como pintor e cartógrafo, onde em 1848 participou da exposição artística com a obra "Mesa Revuelta",[1] que foi admirada pelo júri de qualificação.

Lâmina das lagoas de Siecha (1855), realizada por Manuel María Paz durante a comissão.

Em 1852 casou-se com Felisa Castro, com quem teve seis filhos, José Domingo, Felisa, Francisco, María, Ana María e Julián.[1] Em 1853 ingressou na Comissão Corográfica, onde foi desenhador com Henry Price, que teve de retirar-se posteriormente por razões de saúde.[2]

Entre 1853 e 1858 pintou cento e vinte sete lâminas[2][3] que serviram tanto para ilustrar as obras da comissão e as outras sob os auspícios de Agustín Codazzi que foram publicadas separadamente. María Paz ajudou também na realização de mapas das diferentes regiões do país.

A morte de Codazzi em 1859 nos seus braços[1] impediu completamente o trabalho da comissão. Tomás Cipriano de Mosquera, para evitar que o seu trabalho fosse perdido, assinou um contrato com María Paz e Manuel Ponce de León a conclusão e publicação da obra realizada sob a direção do general Codazzi.[1] Como resultado deste esforço, surgiu em 1865 o Atlas de los Estados Unidos de Colombia e em 1889 o Atlas Geográfico e Histórico de la República de Colombia. Pelo trabalho realizado neste último, a Sociedade Geográfica de Paris o admitiu como membro no dia 6 de dezembro de 1889.[1]

Entre as publicações destas obras, também participou de várias exposições artísticas, como em 1871, por ocasião da celebração dos feriados nacionais, e em 1883, como parte das celebrações do nascimento de Simón Bolívar.[2]

Manue María Paz Delgado morreu a 16 de setembro de 1902 na paróquia de San Victorino, em Bogotá.[2]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Atlas de los Estados Unidos de Colombia (1865). Coeditado com Manuel Ponce de León.
  • Atlas Geográfico e Histórico de la República de Colombia (1889). Coeditado com Felipe Pérez Manosalva.
  • Carta del territorio de los chibchas (1894).
  • Diccionario Geográfico Estadístico Histórico de la Nueva Granada.
  • Itinerario general de las distancias que existen en la capital de los Estados Unidos de Colombia a las diferentes poblaciones de cada uno de los estados (1870).
  • Láminas de la Comisión Corográfica (1853-1858).
  • Mapa Económico de la República de Colombia.
  • Mapa General de Colombia y los particulares de los Estados (1873).
  • Primer Itinerario de Distancias de la República de Colombia.
  • Libreta de apuntes (2011). Edição fac-similar da obra que contém os esboços desenhados durante as VII e VIII expedições da Comissão Corográfica. Publicada pela Universidade de Caldas e a Universidade EAFIT.

Referências

  1. a b c d e f g h i Oscar Tobar Gómez. «La obra pictórica de Manuel María Paz y la Comisión Corográfica» (em espanhol). www.rtspecialties.com. Consultado em 22 de agosto de 2020 
  2. a b c d e f g Carmen Ortega Ricaurte. «Manuel María Paz» (em espanhol). www.colarte.com. Consultado em 22 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 23 de setembro de 2015 
  3. 52 lâminas em 1853 durante a IV expedição corográfica, 16 lâminas em 1855 durante a VI expedição, 11 lâminas em 1856 durante a VII expedição, 16 lâminas em 1857 durante a VIII expedição, mais as 32 ilustrações que realizou para Codazzi sobre a cultura San Agustín.
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