Maomé ibne Ixaque ibne Cundajique
Maomé ibne Ixaque ibne Cundajique | |
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Nacionalidade | Califado Abássida |
Etnia | Turco |
Progenitores | Pai: Ixaque ibne Cundajique |
Ocupação | general e governador |
Religião | Islamismo |
Maomé ibne Ixaque ibne Cundajique (em árabe: محمد بن إسحاق بن كنداج; romaniz.: Muhammad ibn Ishaq ibn Kundajiq; lit. Maomé, filho de Ixaque, filho de Cundajique) foi um proeminente general do Califado Abássida no começo do século X.
Vida
[editar | editar código-fonte]Maomé era filho de Ixaque ibne Cundajique, um turco que havia se estabelecido, com sanção da corte abássida, como governante de Moçul em 879. Ixaque governou Moçul e partes de Jazira (Mesopotâmia Superior) quase ininterruptamente até sua morte em 891, quando foi sucedido por Maomé.[1] Já no ano seguinte, contudo, ele foi removido de Moçul por um rival, Amade ibne Issa Axaibani. Em 893, o novo califa Almutadide fez campanha na Jazira, buscando restabelecer controle califal direto sobre a região. O califa tomou Moçul e nomeou seu próprio governador lá sobre grande parte da Jazira. Amade retirou-se para Amida, enquanto Maomé fugiu para os tulúnidas na Palestina.[2][3]
Após o assassinato do governante tulúnida Cumarauai em 896, Maomé estava entre os membros da corte que tentaram assassinar o sucessor de Cumarauai, Jaixe. A conspiração foi revelada para Jaixe, e no mesmo dia, os conspiradores fugiram para o deserto, deixando suas família e propriedade para trás. O grupo cruzou o deserto da Síria, perdendo alguns devido a sede, e chegaram em Cufa, de onde procuraram asilo com Almutadide. O califa recebeu-os e permitiu-os entrar em seu serviço (julho de 896).[4][5]
Maomé agora tornou-se um dos membros seniores da corte abássida, em posições civis e militares. Em 902, após a morte de Almutadide, ele foi um dos subalternos seniores do comandante-em-chefe abássida, Badre Almutadidi. Quando o vizir Alcacim ibne Ubaide Alá caluniou Badre e procurou executá-lo, Maomé desempenhou um função em acalmar os temores de Badre e persuadi-lo da sinceridade de uma garantia de passagem segura para Baguedade. No caminho, Badre foi morto por um dos pajens do califa Almoctafi (r. 902–908).[6] Em 903/904, Maomé estava entre os principais oficiais na campanha contra os carmatas, e em junho de 906 ele liderou o exército que expulsou-os da cidade de Hit. Em 912, ele foi feito governador de Baçorá.[7]
Referências
- ↑ Sharon 2009, p. 11–12.
- ↑ Sharon 2009, p. 12–13.
- ↑ Kennedy 2004, p. 182.
- ↑ Sharon 2009, p. 13.
- ↑ Tabari 1985, p. 60–61.
- ↑ Tabari 1985, p. 106–110.
- ↑ Tabari 1985, p. 138, 142, 146, 160–161, 168.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Kennedy, Hugh N. (2004). The Prophet and the Age of the Caliphates: The Islamic Near East from the 6th to the 11th Century (Second ed. Harlow, RU: Pearson Education Ltd. ISBN 0-582-40525-4
- Tabari (1985). Rosenthal, Franz, ed. The History of al-Ṭabarī, Volume XXXVIII: The Return of the Caliphate to Baghdad: The Caliphates of al-Muʿtaḍid, al-Muktafī and al-Muqtadir, A.D. 892–915/A.H. 279–302. SUNY Series in Near Eastern Studies. Albânia, Nova Iorque: Imprensa da Universidade Estadual de Nova Iorque. ISBN 978-0-87395-876-9
- Sharon Moshe (2009). Corpus Inscriptionum Arabicarum Palaestinae, Volume 4: G. Handbuch der Orientalistik. 1. Abt.: Der Nahe und der Mittlere Osten. Leida: BRILL. ISBN 978-90-04-17085-8