María Cristina Bustos de Coronel
María Cristina Bustos de Coronel | |
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Nascimento | María Cristina Bustos Ledesma de Coronel 20 de fevereiro de 1945 |
Morte | 14 de março de 1977 Buenos Aires |
Cidadania | Argentina |
Ocupação | ativista, advogada |
Causa da morte | desaparecimento forçado |
María Cristina Bustos Ledesma de Coronel (Tucumán, 20 de fevereiro de 1945, sequestrada desaparecida a 14 de março de 1977 em Buenos Aires) foi uma advogada, militante do peronismo revolucionário e vítima da última ditadura cívico militar de Argentina.[1]
Breve resenha[editar | editar código-fonte]
Nasceu o 20 de fevereiro de 1945 na cidade de San Miguel de Tucumán.[2] Militou no Peronismo de Base primeiro e depois foi militante de Montoneros.[3] Trabalhou no Ministério de Trabalho onde actuou na defesa de operários e de presos políticos. Nesta função, participou da causa de José Carlos Coronel, também tucumano e militante das FAR e depois Secretário Político de Montoneros, e foi encarcerado em 1971.[4] Com a amnistia de Cámpora, José Carlos foi liberto e casou-se com María Cristina em 1973, mudando-se ambos a Buenos Aires.
O combate de Villa Luro[editar | editar código-fonte]
José Carlos Coronel foi assassinado a 29 de setembro de 1976, no chamado “combate de Villa Luro”. A casa de Buenos Aires, em que estava reunido com outros 4 colegas foi sitiada pelas forças armadas. O tiroteio durou 3 horas e decidiram esgotar suas munições e não se entregar com vida. Vítimas simultâneas: Ismael Salame, Alberto José Molinas, Ignacio José Bertrán e María Victoria Walsh.[5] José Carlos tinha 32 anos.[6]
Sequestro e desaparecimento[editar | editar código-fonte]
A 14 de março de 1977 foi sequestrada junto com sua filha Luzia de 10 meses de idade. A menina permaneceu com sua mãe em cativeiro na ESMA até o dia seguinte, quando membros do mesmo grupo de tarefas que as sequestrou as separaram e a levaram ao Hospital Elizalde (Casa Berço), onde esteve uma semana mais antes de ser entregue a sua avó paterna.[7]
Homenagem[editar | editar código-fonte]
Em agosto de 2012 realizou-se uma homenagem com a constituição da Baldosa Conmemorativa dos Advogados Vítimas do Terrorismo de Estado Carlos Ernesto Patrignani, Jorge Ernesto Turk, José Pablo Bernard e María Cristina Bustos de Coronel, detidos e desaparecidos durante a última ditadura cívico-militar, que se cumpriu num sector da Praça dos Dois Poderes que compartilham a legislatura e a sede principal do Poder Judicial jujeño.[8]
Referências
- ↑ «Bustos, Maria Cristina»
- ↑ «Registro unificado de víctimas del terrorismo de Estado» (PDF). p. 220
- ↑ «BUSTOS, María Cristina». robertobaschetti.com. Consultado em 21 de março de 2017
- ↑ «Audiencia 28 de noviembre de 2013 en Mega causa ESMA»
- ↑ «Homenaje a militantes montoneros en Plaza Yrigoyen»
- ↑ «Audiencia 28 de noviembre de 2013, Declara Lucía Coronel». asistenciaquerellas. 28 de novembro de 2013. Consultado em 21 de março de 2017
- ↑ La bebé fue entregada con una nota que decía: “Esta niña Lucía Coronel de 10 meses de edad, hija de José Carlos Coronel (...) y de María Cristina Bustos de Coronel, cuyos abuelos viven en Tucumán, está actualmente sin sus padres, les ruego hacer llegar a la criatura a sus familiares” y figura manuscrito los datos de los abuelos. «Infojus: La voz que sirvió para reconstruir el cautiverio de cientos de desaparecidos». avestruz.com.ar. 3 de novembro de 2015. Consultado em 21 de março de 2017
- ↑ «Baldosa recuerda a abogados desaparecidos»