Marco Atílio Régulo (cônsul em 294 a.C.)

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Marco Atílio Régulo
Cônsul da República Romana
Consulado 294 a.C.

Marco Atílio Régulo (em latim: Marcus Atilius Regulus) foi um político da gente Atília da República Romana, eleito cônsul em 294 a.C. com Lúcio Postúmio Megelo. Foi o segundo de sua gente a chegar ao consulado, depois de seu pai, Marco Atílio Régulo Caleno, cônsul em 335 a.C.. Mas ele é conhecido principalmente por ter sido o pai do homônimo Marco Atílio Régulo, o infame cônsul em 267 a.C. e cônsul sufecto em 256 a.C., durante a Primeira Guerra Púnica. É provável que também tenha sido o pai de Caio Atílio Régulo Serrano, que ocupou o consulado em 257 e 250 a.C.. Ao menos dois dos seus netos também foram cônsules, os filhos de Marco Atílio, Marco Atílio Régulo, em 227 a.C., e Caio Atílio Régulo, em 225 a.C..

Aulo Atílio Calatino, cônsul em 258 e 254 a.C., era seu descendente pela linha patrilineal e neto de Quinto Fábio Máximo Ruliano pela parte da mãe.[a]

Consulado (294 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Os acontecimentos do seu consulado foram relatados de maneira muito diferente pelos analistas. Segundo as fontes consultadas por Lívio, Régulo foi derrotado, com grandes perdas, perto de Lucéria, porém, no dia seguinte, obteve uma brilhante vitória sobre os samnitas, forçando 7 200 a desfilarem sobre a canga, a suprema humilhação. Lívio afirma que a Régulo foi recusado um triunfo romano, o que contradiz os Fastos Triunfais, onde aparece que triunfou "de volsonibus samnitibus". Estes "volsonibus" não aparecem em nenhum outro lugar. Niebuhr conjetura que talvez fossem os "volsentes" que aparecem junto com os hirpinos e lucanos[1] ou até mesmo os volsínios.[2][3][4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Quinto Fábio Máximo Ruliano IV

com Públio Décio Mus IV

Lúcio Postúmio Megelo II
294 a.C.

com Marco Atílio Régulo

Sucedido por:
Lúcio Papírio Cursor

com Espúrio Carvílio Máximo


Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Aulo Atílio Calatino era filho de Aulo Atílio Calatino, que fora acusado de trair a cidade de Sora durante a Terceira Guerra Samnita. Quando a condenação do velho Calatino parecia iminente, o pretor e três vezes cônsul Fábio Máximo Ruliano, seu sogro, intercedeu a seu favor no juízo conseguindo salvá-lo do exílio. A influência e as palavras de Ruliano expressando a sua crença de que Calatino não era capaz de efetuar os fatos que lhe foram imputados foram determinantes na hora do veredito. Isto mostra que os Atílios (Atilii) eram clientes dos aristocratas Fábios (Fabii) e que eram aparentados com eles através do matrimônio do velho Calatino. Aulo Atílio Calatino, o cônsul em 258 e 254 a.C., era portanto neto de Fábio Ruliano através da sua mãe.

Referências

  1. Lívio, Ab Urbe condita XXVII 15
  2. Lívio, Ab Urbe condita X, 32-37
  3. Zonaras viii. 1
  4. Niebuhr, Historia de Roma, vol. iii. pp. 389, 390.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]