Margarida de Zabuya

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Margarida de Zabuya
Cidadania Ducado da Borgonha

Marguerite Zabeau ou Marguerite de Savoie (Valônia, c. 1433 — Topo, São Jorge, 14 de setembro de 1510), na forma portuguesa, Margarida de Zabuya ou Margarida Sabuio. Gaspar Frutuoso chama-a de Margarida da Sabuya, embora outros historiadores lhe chamem, de Azambuja; outros ainda de Sabina, Sabuia, Sabuio ou Savoia[1]. Foi a segunda esposa do explorador flamengo, Willem De Kersemakere[2], pioneiro no povoamento do arquipélago dos Açores.

Referências

  1. Guill, James H., 1924- (1993). A history of the Azores Islands : handbook. [S.l.]: Golden Shield International. OCLC 42521023 
  2. Frutuoso, Gaspar, 1522-1591. (2005). Saudades da terra, Volume VI. [S.l.]: Instituto Cultural de Ponta Delgada. ISBN 9729216681. OCLC 298464594 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Segundo James H. Guill[1], Margarida de Sabuya era filha ilegítima de Amadeu VIII, Duque de Saboia, enquanto que seu marido Willem era neto ilegítimo de João, Duque da Borgonha, possivelmente por meio de seu filho bastardo, João, Bispo de Cambrai[2]. Entretanto, James H. Guill nunca consultou os arquivos de Bruges ou outros arquivos belgas ou flamengos, e se refere a Willem De Kersemakere pelo nome que lhe foi atribuído nos séculos XVI e XVII, 'Willem van der Haegen'. Portanto, segundo o genealogista belga André L. Fr. Claeys, é improvável que suas alegações sejam verdadeiras. Claeys argumenta que Margarida provavelmente nasceu 'Marguerite Zabeau' da baixa nobreza da Valônia, observando que desde antes de 1322 o sobrenome Zabeau é encontrado nas regiões de Liège, Luxemburgo (Bélgica) e Ardennes (com variantes como Sabau, Sabia, Sabiau). Claeys também nota que mesmo que Margarida fosse de fato da casa de Sabóia, é mais provável que ela fosse filha de outros membros desta casa que residiam na Valônia, pois foram encontradas armas de duas linhagens de nome Savoi e Savoye (Jehan de Savoye, 1444). Também, na mesma região da Valônia, foram encontrados registros de Aimé, Conde de Sabóia (registro de 23 de Dezembro de 1304, cartularum de 1 de Setembro de 1316) e Jacop van Savoye, conde de Romand e Saint-Pol (registro de 8 de Abril de 1484).[3] Porém o fato de Guil, não ter consultado as fontes não anula as alegações do historiador Gaspar Frutuoso de que Guilherme teria sido neto de um Conde De Flandres.

De acordo com Claeys o casamento de Willem e Margarida produziu um único filho:

  1. Francisco De Kersemakere ou Francisco Casmaca, nasceu em 1474 na Ilha do Faial, Açores; morreu em 1595 também no Faial. Casou em 1524 na Ilha do Faial com Isabel de Hurtere de Macedo, filha ou neta de Joost De Hurtere.

Margarida de Zabuya faleceu por volta de 14 de setembro de 1510, visto que seu testamento é do mesmo dia. Nesse documento ela se refere a seu marido como Guilherme de Casmaca. É bastante provável que ela esteja sepultada juntamente com De Kersemakere na ermida anexa à Casa dos Tiagos, na Vila do Topo, hoje em ruínas.

D. Fernando, Duque de Viseu doou as ilhas a sua tia Isabel de Portugal, Duquesa da Borgonha. Dando início assim ao povoamento pelos flamengos que se recuperavam da Guerra dos Cem Anos, à colonização oficial de algumas das ilhas açorianas.

Willem De Kersemakere chegou aos Açores no fim do século XV proveniente do Condado de Flandres, para uma das nove ilhas dos Açores. Depois de ter passado por várias das ilhas acabou por se fixar na ilha de São Jorge, no lugar que hoje corresponde à Vila do Topo, Calheta, ilha de São Jorge.

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  2. Guill, James H., 1924- author. A history of the Azores Islands : handbook. [S.l.: s.n.] OCLC 1009894912 
  3. Claeys, André L. Fr. (2011). Vlamingen op de Azoren sinds de 15de eeuw, Volume III (PDF). Bruges, Bélgica: [s.n.] pp. 15–16