Saci (ave)

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Tapera naevia em São Paulo, no Brasil
Tapera naevia em São Paulo, no Brasil
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Cuculiformes
Família: Cuculidae
Género: Tapera
Espécie: T. naevia
Nome binomial
Tapera naevia
(Linnaeus, 1766)
Distribuição geográfica

Tapera naevia, conhecido popularmente como saci, martim-pererê, martimpererê, matinta-pereira, matintaperera, matitaperê, peixe-frito, peito-ferido, peitica, piriguá, roceiro-planta, seco-fico, sem-fim, sede-sede, tempo-quente, crispim, fenfém,[1] saitica e piririguá, é uma ave cuculiforme, cuculídea, típica do Brasil. Se divide em duas subespécies: a do sul e a do norte e leste do país.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Saci" é oriundo do tupi sa'si.[1] "Martim-pererê", "martimpererê", "matinta-pereira", "matintaperera" e "matitaperê" são oriundos do termo tupi matintape're.[2] "Peitica" é oriundo do tupi pei'tika.[3]

Características[editar | editar código-fonte]

Suas penas são de cor pardo-amarelada.[4] Possui várias manchas escuras na parte superior das asas.[4] Mede cerca de 29 centímetros e gosta de tomar banhos de sol e de terra.[5]

O topete é avermelhado e manchado em tons claros e escuros; o peito, abdome e sobre os olhos a cor é branca.[5] É uma ave insetívora e sua postura costuma ocorrer em ninhos alheios, da espécie do joão-teneném.[6] Possui duas subespécies, sendo uma delas ocorrente no Norte e Leste do Brasil; outra ocorre no Sul.[6]

Wikispecies
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O Wikispecies tem informações sobre: Saci (ave)

A ave está presente por todo o Brasil, e está presente no México, Argentina e Bolívia.[5]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

São reconhecidas duas subespécies:[7]

  • Tapera naevia naevia (Linnaeus, 1766) - ocorre no Brasil, na Argentina, na Venezuela (Ilha Margarita) e na ilha de Trinidad;
  • Tapera naevia excellens (P. L. Sclater, 1858) - ocorre na porção tropical da América do Norte e América Central, do sudoeste do México até o Panamá.
Commons
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Na cultura popular[editar | editar código-fonte]

"Matinta-pereira" é citado em um verso da canção Águas de Março, de Antônio Carlos Jobim, onde também há um reprodução de seu assobio no instrumental da música.[8] O pássaro também dá nome ao álbum Matita Peré, do mesmo compositor.[9][10][11]

Referências

  1. a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. pp.1 533,1 534
  2. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. pp. 1 104,1 097,1 533,1 534
  3. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 295
  4. a b «Canto dos Pássaros - Saci». Morro do ouro. Consultado em 4 de agosto de 2021 
  5. a b c «Klima Naturali™ : Ave Saci (Tapera naevia)». Klima Naturali™. Consultado em 4 de agosto de 2021 
  6. a b Sanches, Amanda (2019). «Fecundidade anual e parasitismo de ninho em uma população do Curutié Certhiaxis cinnamomeus (Aves:Furnariidae) no Sudeste Brasileiro» (PDF). Universidade Federal de São Carlos. Consultado em 4 de agosto de 2021 
  7. «saci (Tapera naevia) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 18 de setembro de 2021 
  8. «Dia do Saci». Ecofuturo. Consultado em 4 de agosto de 2021 
  9. «Sons da Terra 25/03: a natureza na vida e na obra de Tom Jobim». G1. 25 de março de 2021. Consultado em 4 de agosto de 2021 
  10. Lopes, Patrícia (2017). «A singular sonoridade de Matita Perê construída por meio da parceria de Tom Jobim e Claus Ogerman» (PDF). Universidade de São Paulo. Consultado em 4 de agosto de 2021 
  11. Matita Perê by Tom Jobim - RYM/Sonemic (em inglês), consultado em 4 de agosto de 2021 

Referências