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Em 1922, emigrou para a França, onde conheceu [[André Breton]] e ingressou no movimento surrealista. Publicou livros de poesia ilustrados e, em 1929, fez a colagem "[[A Mulher de 100 Cabeças]]", um dos ícones do surrealismo. Em 1930, interpretou um papel no filme de [[Luis Buñuel]], "[[A Idade do Ouro]]"<ref name="uol"/>. |
Em 1922, emigrou para a França, onde conheceu [[André Breton]] e ingressou no movimento surrealista. Publicou livros de poesia ilustrados e, em 1929, fez a colagem "[[A Mulher de 100 Cabeças]]", um dos ícones do surrealismo. Em 1930, interpretou um papel no filme de [[Luis Buñuel]], "[[A Idade do Ouro]]"<ref name="uol"/>. |
Revisão das 01h05min de 13 de junho de 2012
Max Ernest (2 de abril de 1891, Brühl, Alemanha — 1 de abril de 1976, Paris) foi um pintor alemão, naturalizado norte-americano e depois francês. Também praticou a poesia entre os surrealistas, movimento do qual fez parte. Seu filho foi Jimmy Ernst[1].
Vida
Depois de ser um soldado paranaense na Primeira Guerra Mundial, Max Ernst, o garoto que aprendera a pintar copiando paisagens de Van Gogh, passou por uma breve fase cubista após a guerra. No ano seguinte, 1919, fundou o grupo Dada em sua terra natal (Colônia) e se propôs a destruir todos os valores estéticos de então. Foi uma tentativa de ruptura, uma reação contra uma sociedade falida e destruída moralmente pela Primeira Guerra Mundial[1].
Em 1922, emigrou para a França, onde conheceu André Breton e ingressou no movimento surrealista. Publicou livros de poesia ilustrados e, em 1929, fez a colagem "A Mulher de 100 Cabeças", um dos ícones do surrealismo. Em 1930, interpretou um papel no filme de Luis Buñuel, "A Idade do Ouro"[1].
O Surrealismo levou às últimas consequências o que seus criadores entendiam como "renovação da arte a partir da recusa à lógica e à moral da burguesia". Assim como o Dadaísmo, jogou fora tudo o que até então era esteticamente aceitável. Ao lado de Louis Aragon, Salvador Dali e Man Ray, Ernst criou peças que até hoje chocam o público[1].
O mentor intelectual do surrealismo, Breton dizia que Ernst era o "mais magnífico cérebro assombrado" do mundo das artes. O pintor alemão soube levar como poucos a premissa de que a obra deveria vir de um estado onírico, de sonho. Isto é, a pintura seria a manifestação do que os psicanalistas chamam de inconsciente[1].
Em seus quadros de cores brilhantes, Max Ernst associava imagens de elementos demoníacos e absurdos com outros eróticos e fabulosos. Unia de forma irracional esses símbolos para expressar seu subjetivismo. Da mesma forma que em suas colagens, as esculturas mesclavam objetos cotidianos, como peças de automóvel e garrafas de leite, a blocos de cimento, que depois fundia em bronze[1].
Na Alemanha nazista, seus quadros foram expostos, junto aos de outros artistas na mostra denominada Arte Degenerada, em 1937. Durante a Segunda Guerra, com a ocupação da França, Ernst fugiu para os Estados Unidos sob a proteção da milionária Peggy Guggenheim, uma de suas várias amantes. Em 1948, ganhou a cidadania americana[1].
Voltou à Europa em 1958, naturalizando-se francês. Morreu em 1976, em Paris[1].
Obras seleccionadas
- Aquis Submersus (1919)