Maxim–Tokarev

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Maxim-Tokarev

Tokarev e seu filho posando com sua metralhadora modelo 1925
Tipo Metralhadora leve
Local de origem  União Soviética
História operacional
Utilizadores Ver Operadores
Guerras Guerra Civil Espanhola
Segunda Guerra Sino-Japonesa
Segunda Guerra Mundial
Guerra da Coreia
Histórico de produção
Criador Fiódor Tokarev
Data de criação 1924[1]
Período de
produção
1925–1927[2]
Quantidade
produzida
2.500
Especificações
Peso 12,9 kg vazia
15,5 kg carregada[1]
Comprimento 1.330 mm[1]
Comprimento 
do cano
650 mm[1]
Cartucho 7,62×54mmR
Ação Recuo curto
Sistema de suprimento Fita de 100 munições
Mira Alça e massa de mira

A Maxim–Tokarev foi a primeira metralhadora leve soviética local aceita para serviço. Foi desenvolvida a partir da metralhadora Maxim M1910 por Fiódor Tokarev.

História[editar | editar código-fonte]

Durante a Primeira Guerra Mundial e a Guerra Civil Russa, o exército soviético foi equipado com metralhadoras leves de fabricação estrangeira, principalmente com a Lewis, a Chauchat e a Hotchkiss M1909. Na década de 1920, essas armas mostravam a sua idade e, devido ao isolamento diplomático internacional da União Soviética, nem peças sobressalentes nem munições podiam ser facilmente obtidas para estas armas.

Em 1923, o programa de emergência GAU foi iniciado para equipar o Exército Vermelho com uma metralhadora leve com câmara para o cartucho local 7,62×54mmR.[1]

O primeiro projeto apresentado foi a Maxim-Kolesnikov, projetada por Ivan Nikolaevich Kolesnikov na Fábrica de Armas Kovrov, seguida logo depois pela Maxim–Tokarev, projetada por Fiódor Vassilievitch Tokarev no Arsenal de Tula. Durante os testes de campo realizados no início de 1925, o modelo de Tokarev mostrou-se superior, por isso foi adotada em 26 de maio.[3]

2.500 metralhadoras Maxim–Tokarev foram produzidas pela fábrica de armas de Tula (TOZ) em 1926–27; 1.400 foram fornecidas à China entre 1938 e 1939 no Programa de Ajuda Sino-Soviética.[4] O restante foi enviado para as forças republicanas durante a Guerra Civil Espanhola.[5] Foi substituída no serviço soviético pela DP, muito mais leve.[6]

Estrutura[editar | editar código-fonte]

Uma análise do Exército dos EUA menciona que "Tokarev foi sem dúvida inspirada tanto na Parabellum alemã quanto na Vickers britânica. O arranjo do gatilho e da coronha do ombro se assemelha muito ao ilustrado na patente dos Estados Unidos nº 942167, que foi concedida em 1909 a Dawson e Buckham, cessionários da Vickers."[7]

A manga d'água da Maxim M1910 foi descartada e substituída por uma manga fina de aço perfurada. O cano foi encurtado e reduzido de 2,1 kg para 1,7 kg. Foi fornecido um mecanismo para alterar o cano em condições de campo. Os punhos de pá foram substituídos por uma coronha tipo fuzil e o gatilho de polegar foi substituído por um gatilho tipo fuzil. Um bipé dobrável com pernas tubulares ficava preso à manga do cano.[1]

O sistema de alimentação da fita de lona era o mesmo das metralhadoras PM M1910, exceto que a capacidade padrão da fita foi reduzida para 100 tiros. As fitas de 100 cartuchos geralmente eram transportadas em contêineres separados do tipo tambor, inspirados na MG 08/15 alemã. O estriamento do cano era de 4 voltas à direita em 240 mm.[1]

Operadores[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g Семен Федосеев (2009). Пулеметы России. Шквальный огонь. [S.l.]: Яуза / Коллекция / ЭКСМО. pp. 380–381. ISBN 978-5-699-31622-9 
  2. С. Л. Федосеев. Пулемёты России. Шквальный огонь. М., Яуза – ЭКСМО, 2009. стр.140–142
  3. Болотин, Давид (1995). [S.l.]: Полигон. pp. 166–167. ISBN 978-5-85503-072-3  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  4. Shih, Bin (2018). China's Small Arms of the Second Sino-Japanese War (1937-1945). [S.l.: s.n.] p. 169 
  5. Esdaile, Charles J. (2018). The Spanish Civil War: A Military History 1st ed. [S.l.]: Routledge. p. 284. ISBN 9781138311275 
  6. James H. Willbanks (2004). Machine Guns: An Illustrated History of Their Impact. [S.l.]: ABC-CLIO. p. 99. ISBN 978-1-85109-480-6 
  7. Chinn, George M. The Machine Gun, Vol II, Part VII. US Department of the Navy, 1952, page 23
  8. Ness, Leland; Shih, Bin (julho de 2016). Kangzhan: Guide to Chinese Ground Forces 1937–45. [S.l.]: Helion & Company. pp. 287,295. ISBN 9781910294420 
  9. a b Kinard, Jeff (2010). «Machine guns». In: Tucker, Spencer C.; Pierpaoli, Paul G., Jr. The Encyclopedia of the Korean War: A Political, Social, and Military History. 1. A-L 2nd ed. [S.l.]: ABC-CLIO. p. 535. ISBN 978-1-85109-849-1 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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