Metralhadora leve

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Uma metralhadora leve (português brasileiro) ou metralhadora ligeira (português europeu) (em inglês light machine gun, ou LMG) é uma metralhadora de peso leve projetada para ser operada individualmente,[1] com ou sem assistente. É usada como uma arma de apoio de infantaria. Em Portugal, é também utilizada a sigla ML para se referir às metralhadoras ligeiras.[2]

Um soldado chinês com uma metralhadora leve ZB vz. 26 na Batalha de Changsha.
A metralhadora leve britânica Bren, projetada na década de 1930, é alimentada por carregador e dispara cartuchos de potência total.

As metralhadoras leves são alimentadas por carregador ou fita. Inclusive, há modelos que são compatíveis com ambas as formas de suprimento citadas, como o FN Minimi/M249 e o Ares Shrike 5.56. Enquanto as primeiras metralhadoras leves utilizavam cartuchos de potência total (full-size), as metralhadoras leves modernas frequentemente utilizam cartuchos intermediários.[1]

Uma RPK.
A FN Minimi é uma metralhadora leve projetada na década de 1970 que dispara cartuchos intermediários. Calibre 5,56×45mm NATO

A primeira metralhadora leve do mundo a ser produzida em larga escala foi a dinamarquesa Madsen, adotada pelo Exército Real Dinamarquês em 1902.[3]

História[editar | editar código-fonte]

Em 1903, os teóricos militares franceses notaram que as metralhadoras pesadas da época eram de pouca utilidade em ataques de infantaria. Eles determinaram que "a metralhadora deve aprender a andar".[4] Eles pesquisaram a possibilidade de uma metralhadora leve que pudesse ser transportada por tropas. Uma tática de "andar atirando" foi teorizada, usando fogo supressivo incidental, com as tropas avançando consideradas uma ameaça mais mortal do que as balas sem mira, fazendo com que o inimigo recuasse. Os protótipos de armas não foram aprovados para produção e nenhum estava em serviço quando a Primeira Guerra Mundial começou.[4] Os franceses rapidamente trouxeram os protótipos para produção em massa para aumentar o poder de fogo da infantaria avançando.

No final da Segunda Guerra Mundial, as metralhadoras leves geralmente eram distribuídas em uma escala de uma por secção ou grupo de combate, e o esquadrão de infantaria moderno surgiu com táticas construídas em torno do uso da metralhadora leve para fornecer fogo de supressão.

Exemplos[editar | editar código-fonte]

Década de 1900 a 1940[editar | editar código-fonte]

Década de 1950 a 1960[editar | editar código-fonte]

Década de 1970 até atualmente[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Alexandre Beraldi. «Metralhadoras leves 1». Sistemas de Armas 
  2. Aspirante Oficial Aluno De Infantaria Diogo Filipe Miguel da Guarda (Julho de 2014). «AS VAGAS DE INOVAÇÃO MILITAR EM PORTUGAL, DESDE A 1ª GUERRA MUNDIAL ATÉ À GUERRA DE ÁFRICA: IMPACTOS NA BASE ORGÂNICA, TÁTICA E TÉCNICA DAS FORÇAS DE INFANTARIA, NO CAMPO DE BATALHA.» (PDF). Repositório Comum 
  3. Carlos F P Neto (4 de outubro de 2018). «As metralhadoras Madsen no Brasil». Armas On-Line 
  4. a b «Fusil mitrailleur Chauchat. FM modèle 1915 C.S.R.G.». Les mitrailleuses du premier conflit mondial. mitrailleuse.fr. 2003