Mercado Modelo
Mercado Modelo | |
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Mercado Modelo, Salvador, Bahia | |
Tipo |
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Estilo dominante | Eclético |
Início da construção | 1860 (164 anos) |
Fim da construção | 1911 (113 anos) |
Inauguração | 1912 (112 anos) 1984 (40 anos) recuperada |
Proprietário atual | Prefeitura de Salvador |
Website | |
Número de andares | 2 andares |
Área |
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Geografia | |
País | Brasil |
Coordenadas |
O Mercado Modelo localiza-se na cidade de Salvador, estado da Bahia, no Brasil.
Situado no bairro do Comércio, uma das zonas comerciais mais antigas e tradicionais de Salvador, constitui-se em importante atração turística. Diante da Baía de Todos os Santos, é vizinho do Elevador Lacerda e do Centro Histórico/Pelourinho.
Abriga duzentas e sessenta e três lojas que oferecem a maior variedade de artesanato, presentes e lembranças da Bahia, contando com dois dos mais tradicionais restaurantes de culinária baiana, o Maria de São Pedro, com oitenta anos de existência e o Camafeu de Oxossi.
História
Inaugurado em 1912, o Mercado Modelo surgiu pela necessidade de um centro de abastecimento na Cidade Baixa de Salvador. Entre a Alfândega e o largo da Conceição, constituía-se em um centro comercial onde era possível adquirir itens tão variados como hortifrutigranjeiros, cereais, animais, charutos, cachaças e artigos para o Candomblé.
Era servido pela rampa que leva o seu nome, antigo porto dos saveiros que atravessavam a baía de Todos os Santos.
Em 1969 foi vítima do mais violento incêndio de sua história, a tal ponto que se tornou necessária a demolição do antigo imóvel. A partir de 2 de Fevereiro de 1971, passou a ocupar o edifício da 3º Alfândega de Salvador, uma construção de 1861 em estilo neoclássico, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). No local, onde funcionava o primitivo Mercado, foi erguida uma escultura de Mário Cravo Junior.
Um novo incêndio que lhe destruiu as instalações levou a uma extensa reforma do edifício, em 1984, permitindo a sua reinauguração.
Os incêndios do Mercado
O Mercado Modelo viveu pelo menos cinco grandes incêndios ao longo de sua história, a saber:
- 1917 - existem poucas informações a seu respeito, acreditando-se que não tenha sido de proporções catastróficas.
- 1922 - iniciou-se na madrugada de 7 de janeiro, tendo reduzido o Mercado às cavernas (subterrâneos), causando mais de mil contos de réis de prejuízos[1]. À época, registraram-se boatos de que as causas foram propositais. Reformado, tendo a sua pintura original - amarela e vermelha - sido substituída por verde, ganhou o apelido de Tartaruga Verde.
- 1943 - registrou-se em 28 de fevereiro (um domingo), com a destruição parcial das suas instalações. Não foram identificadas as causas do incêndio, tendo o edifício sido recuperado.
- 1969 - teve lugar a 1 de agosto, sendo considerado o mais grave de sua história, a ponto de inviabilizar a reconstrução do primitivo imóvel, cujos escombros necessitaram ser demolidos visando a segurança pública.
- 1984 - em 10 de Janeiro, conduziu a uma extensa reforma, permitindo a sua reinauguração no mesmo ano.
Na música
A canção "Mercado Modelo", de parceria entre Antônio Carlos, Jocafi e Ildázio Tavares, lamenta na sua letra o incêndio de 1969 que destruiu o prédio original. A música foi gravada, em 1973, pela cantora Vanusa (vide: Vanusa (álbum 4)).
Visitantes ilustres
Entre os visitantes ilustres do Mercado Modelo, citam-se os nomes de:
- Jean-Paul Sartre
- Simone de Beauvoir
- Pablo Neruda
- Orson Welles
- Aldous Huxley
- Elizabeth II de Inglaterra
Notas
- ↑ Jornal A Tarde, 1 de agosto de 1922.
- AZEVEDO, Paulo Ormindo de. Alfândega e o Mercado: Memória e Restauração. Salvador: Secretaria de Planejamento, Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia, 1985.