Milo Yiannopoulos

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Milo Yiannopoulos
Milo Yiannopoulos
Na NEXTConf 2014 (Berlim)
Nome completo Milo Yiannopoulos
(nascido Milo Hanrahan
pseudônimo Milo Andreas Wagner)
Nascimento 18 de outubro de 1984 (39 anos)
Kent
Nacionalidade britânico
Alma mater Universidade de Cambridge[1]
Ocupação jornalista

Milo Yiannopoulos (18 de outubro de 1984) é um jornalista, empresário e palestrante britânico. Trabalhou como editor para o Breitbart News, um tabloide conservador com sede nos Estados Unidos.[2]

Vida pessoal e carreira[editar | editar código-fonte]

Yiannopoulos foi criado em uma pequena cidade próxima a Kent, no sul da Inglaterra. Ele é um católico praticante. Seu pai é grego e sua mãe judia. Seus pais se divorciaram enquanto ele era jovem e ele foi criado por sua mãe e seu segundo marido, com quem ele não tinha um bom relacionamento. Na adolescência, Yiannopoulos viveu com sua avó.

Frequentou a Universidade de Manchester, abandonando-a antes de completar a graduação. Passou a frequentar o Wolfson College, onde estudou literatura inglesa por dois anos até abandonar o curso. Yiannopoulos foi, por boa parte de sua vida, publicamente homossexual[3] e católico praticante. Ele já se descreveu como gay como "aberrante" e "uma escolha de estilo de vida garantida para trazer aos gays dor e infelicidade".[4] Atualmente ele se identifica como um "ex-gay".[5]

Ativismo e Polêmicas[editar | editar código-fonte]

Yiannopoulos, um conservador e apoiador convicto da liberdade de expressão, é um crítico feroz do politicamente correto, feminismo, Islamismo e outros movimentos e ideologias que tendem, segundo ele, para o autoritarismo de esquerda. A mídia americana o considera porta voz do movimento alt-right (direita alternativa). Yiannopoulos define-se como um repórter defensor da liberdade individual, um "fundamentalista da liberdade de expressão". Em julho de 2016, ele foi banido para sempre do Twitter por postar mensagens alegadamente ofensivas contra uma atriz negra norte-americana.[6]

Demitiu-se da Breitbart News em Fevereiro de 2017, depois de ter sido acusado de apologia à pedofilia.[7][8] Milo afirmou, em sua defesa, que falava de sua própria experiência como vítima de abuso sexual infantil, que aconteceu dos 13 aos 16 anos, e que na época não se considerava uma vítima. Ele também já reportou casos de abuso e, acusando a mídia ter divulgado suas falas fora de contexto e sem explicar o que ele realmente dizia, pediu desculpas pelo Facebook por suas palavras que poderiam ser interpretadas de maneira errada e por seu característico humor negro em que, como vítima de pedofilia, se achou no direito de rir da sua antiga experiência.

Yiannopoulos rejeita as alegações de que ele é um defensor da pedofilia e alegou que o vídeo tinha sido "enganosamente editado". Nas suas próprias palavrasː "Eu disse que existem relações entre homens mais jovens e homens mais velhos que podem ajudar um jovem gay a escapar de uma falta de apoio ou compreensão em casa. Isso é perfeitamente verdade e todos os homossexuais sabem disso. Mas eu não estava a falar de nada ilegal e eu não estava a referir-me a meninos pré-púberes".[9]

Em março de 2021, Yiannopoulos declarou para o website LifeSiteNews que ele se considerava um "ex-gay" e começaria a lutar em nome da melhoria da imagem pública de terapia de reorientação sexual.[10] Em junho, ele anunciou que começaria a angariar fundos para ajudar a financiar um centro de terapia de conversão para gays na Flórida.[11]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Grynbaum and Herrman, Michael and John. «Breitbart Rises From Outlier to Potent Voice in Campaign». The New York Times.com. The New York Times Company. Consultado em 7 de janeiro de 2018. Last month, Milo Yiannopoulos, the site’s tech editor, was banned from Twitter after inspiring a sustained online harassment campaign against the “Saturday Night Live” actor Leslie Jones. 
  2. Pless, Margaret (12 de outubro de 2016). «Milo Yiannopoulos: In His Own Words» (em inglês). Consultado em 20 de novembro de 2016 
  3. Garschagen, Bruno (3 de junho de 2016). «Gay, católico e conservador». Extra. Consultado em 20 de novembro de 2016 
  4. Yiannopoulos, Milo (11 de Julho de 2011). «Why I'll probably never be a parent (Porquê provávelmente nunca serei pai - em inglês)». Arquivado em WayBack Machine 
  5. «Hundreds of students came out in force to condemn Milo Yiannopoulos at his controversial "Pray the Gay Away" event». Pinknews.co.uk. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  6. «Conheça Milo Yiannopoulos, o homem que foi banido para sempre do Twitter». Techmundo. 20 de julho de 2016. Consultado em 20 de novembro de 2016 
  7. Martins, Nuno André (21 Fevereiro de 2017). «Milo Yiannopoulos demite-se do Breitbart». Observador 
  8. Dias, João de Almeida (21 de Fevereiro de 2017). «Milo Yiannopoulos, apoiante de Trump, criticado por ter desculpado pedofilia». Observador 
  9. Helmore, Edward (22 de Fevereiro de 2017). «Milo Yiannopoulos resigns from Breitbart News over pedophilia remarks (M.Y. demite-se da Breitbart News por comentários sobre pedofilia - em inglês)». The Guardian 
  10. Spocchia, Gino (10 de março de 2021). «Milo Yiannopoulos declares himself ex-gay and says he's 'demoted' husband to housemate in bizarre new interview». The Independent. Londres. Consultado em 6 de junho de 2021 
  11. «Milo Yiannopoulos is savaged online after moving to Florida to fundraise for 'gay conversion therapy' center». www.indy100.com (em inglês). 22 de junho de 2021. Consultado em 28 de junho de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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