Milton Le Cocq d'Oliveira

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Milton Le Cocq d'Oliveira
Nascimento Milton Le Cocq d'Oliveira
10 de junho de 1920
Morte 27 de agosto de 1964 (44 anos)
Cidadania Brasil

Milton Le Cocq d'Oliveira (10 de junho de 1920Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1964), conhecido como Detetive Le Cocq, foi um detetive de polícia do estado do Rio de Janeiro (antigo Distrito Federal), integrante da guarda pessoal de Getúlio Vargas.

De ascendência francesa,[1] foi um dos mais notáveis detetives brasileiros e ganhou destaque por sua habilidade em solucionar casos complexos ao longo de sua carreira. Foi descrito como o melhor detetive da polícia carioca em sua época.[2] Em 1962, foi responsável pela caçada que matou o notório criminoso José Miranda Rosa, mais conhecido por Mineirinho.[3]

Descrito como "um ídolo dentro da polícia", Le Cocq foi morto, em 27 de agosto de 1964, durante confronto com o criminoso Cara de Cavalo. Sua morte levou à mobilização de dois mil policiais[4] e culminou na morte de Cara de Cavalo, alvejado com 52 tiros.[5][6][7] A Scuderie Detetive Le Cocq, o mais famoso esquadrão da morte brasileiro, foi criado para vingar a morte do detetive Le Cocq e batizado em sua homenagem.[8]

Referências

  1. Ribeiro, Bruno (26 de junho de 2006). «Diário' flagra adesivo do Esquadrão da Morte em carro de policial». Diário do Grande ABC. Consultado em 21 de outubro de 2023 
  2. DA SILVA, Cyro. A Polícia Do Rio Na República. Brasil: SGuerra Design, 2021. 327 p. ISBN 978-6588625088.
  3. Hermann, Victor (15 de maio de 2023). «Como contar 80 tiros? A questão do primeiro disparo, segundo Clarice Lispector». Revista Brasileira de Literatura Comparada: 215–230. ISSN 0103-6963. doi:10.1590/2596-304x20232548vh. Consultado em 11 de agosto de 2023 
  4. «Por que homenagear bandidos – MAM Rio». Consultado em 1 de agosto de 2023 
  5. «Cara de Cavalo assassinado com 52 tiros em Cabo Frio». Jornal do Brasil,Ano LXXIV, número 235, pagina 10. 4 de outubro de 1964. Consultado em 19 de fevereiro de 2013 
  6. Neto, David Maciel de Mello (2017). «'Esquadrão da morte': Uma outra categoria da acumulação social da violência no Rio de Janeiro». Dilemas - Revista de Estudos de Conflito e Controle Social (1): 132–162. ISSN 1983-5922. Consultado em 9 de agosto de 2023 
  7. Brum, Bernardo Demaria Ignácio (2022). Vítima ou vilão: O tiroteio discursivo entre Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia (1977) e Eu Matei Lúcio Flávio (1979) (PDF) (Tese de Mestrado). Rio de Janeiro: UERJ. 144 páginas. Consultado em 12 de agosto de 2023 
  8. Merlino, Tatiana (26 de setembro de 2012). «"Em cada batalhão da PM, um grupo de extermínio"» (PDF). www.carosamigos.com.br. Consultado em 12 de agosto de 2023 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • PENGLASE, B.; KIMZEY, R. Final Justice: Police and Death Squad Homicides of Adolescents in Brazil. Reino Unido: Human Rights Watch, 1994. 112 p. ISBN 1564321231.
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