Mosteiro de Santo André de Rendufe
Mosteiro de Santo André de Rendufe | |
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Informações gerais | |
Tipo | antigo mosteiro, património cultural |
Estilo dominante | Barroco |
Proprietário(a) inicial | Ordem de São Bento |
Função inicial | Religiosa (mosteiro) |
Proprietário(a) atual | Estado Português |
Função atual | Religiosa (igreja), cultural (museu) |
Património de Portugal | |
Classificação | Imóvel de Interesse Público |
Ano | 1943 |
DGPC | 75006 |
SIPA | 1898 |
Geografia | |
País | Portugal |
Localização | Rendufe |
Coordenadas | 41° 38′ 09″ N, 8° 24′ 22″ O |
Localização em mapa dinâmico |
O Mosteiro de Santo André de Rendufe localiza-se na freguesia de Rendufe, município de Amares, distrito de Braga, em Portugal.[1]
Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1943.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Embora se desconheça a data precisa de edificação deste antigo mosteiro da Ordem de São Bento, sabe-se que em 1090 o Abade do Mosteiro chamava-se D. Sesnado (ou Senaudo)[3] e que a sua primitiva igreja já existia em 1151.[4] Considerado uma das principais casas dos monges beneditinos no país, foi seu fundador Egas Gomes Pais de Penegate, membro da nobreza e tenente das terras de Regalados, Penela, Bouro e Rendufe de 1071 até 1112 entre os rios Neiva e Cávado.
De 1401 até 1414, o Abade do Mosteiro foi Mestre André Dias, Mestre em Teologia, Canonista, professor universitário e depois Bispo de Ciudad Rodrigo, de Ajácio e de Mégara na Grécia.[5]
Ao longo dos séculos o mosteiro foi ampliado, mas as principais obras datam do século XVIII, como a construção da nova igreja (1716-1719) e dependências conventuais, com destaque para a Capela do Santíssimo Sacramento. Houve, nessa época no mosteiro de Rendufe, um prestigiado Colégio de Filosofia que formou, entre outros, o Cardeal Saraiva.[5]
Com a extinção das ordens religiosas masculinas (1834) a igreja passou a paroquial. A cerca e demais instalações foram vendidas e posteriormente perdidas em 1877, num incêndio que consumiu grande parte do antigo mosteiro.
Em 30 de abril de 1960 dá-se a derrocada da abóbada e telhado da igreja, provocando grandes danos na decoração interior.
Em nossos dias sofreu intervenção de conservação e restauro pelo IPPAR, no sentido de preservar as ruínas do claustro e de um chafariz do antigo convento. Não foi possível uma intervenção global no conjunto, uma vez que os edifícios estão na posse de diversos proprietários.[6][1]
Programa Revive
[editar | editar código-fonte]Em 2016 o mosteiro integrou o programa ‘Revive’, projeto do Estado português que prevê a abertura do património ao investimento privado para o desenvolvimento de projetos turísticos.
A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel, com exceção da igreja.
O modelo jurídico é o de direito de superfície.[7]
Em agosto de 2021 foi concessionado por 50 anos e previa a reabilitação do conjunto edificado e a sua transformação num hotel com cerca de 50 quartos. Em 2024, a empresa vencedora da concessão e exploração solicitou a revogação do contrato.[8]
Características
[editar | editar código-fonte]A atual igreja apresenta fachada simétrica, com duas torres sineiras. Em seu interior destaca-se um notável conjunto de talha dourada do estilo rococó, considerado uma das mais importantes do norte do país.[6][1]
Espólio documental
[editar | editar código-fonte]O espólio documental foi inventariado, em 1966, por José Matoso.
Em 1985 foi publicado, pelo Arquivo Distrital de Braga, onde a documentação se encontra, o Inventário do Fundo Monástico Conventual.[9][10]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c Mosteiro de Santo André de Rendufe na página do Sistema de Informação para o Património Arquitétónico.
- ↑ Cf. Decreto n.º 32973, de 18 de março de 1943.
- ↑ MATTOSO, José - O Mosteiro de Rendufe, 1090 - 1570, Bracara Augusta, vol. XXIII, fasc.56, 1971, (O nome do Abade figura num julgamento)
- ↑ Data de inscrição no pavimento, junto ao arco do cruzeiro
- ↑ a b LESSA, Elisa Maria Maia da Silva. «O património artístico musical do Mosteiro de Santo André de Rendufe: Conhecer o passado para intervir no presente», in Artison, n.º 3 (2016, pp. 112-120.
- ↑ a b Mosteiro de Santo André de Rendufe na página da Direção-Geral do Património Cultural.
- ↑ Mosteiro de Santo André de Rendufe na página do Programa Revive.
- ↑ «Impasse no Mosteiro de Rendufe preocupa Câmara de Amares»
- ↑ Cf. Mosteiro de Santo André de Rendufe no Arquivo Distrital de Braga.
- ↑ Cf. ARAÚJO. António de Sousa: SILVA, Armando B. Malheiro da. Inventário do fundo monástico-conventual. Braga : Arquivo Distrital de Braga : Universidade do Minho, 1985. Separata de Itinerarium, n.º 31.
Galeria
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Fonte
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Imagem na porta principal
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Porta lateral
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Interior da Igreja
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Claustro
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Aqueduto