Museu Torres García

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Museu Torres García
Museu Torres García
Tipo museu de arte
Inauguração 1949 (75 anos)
Página oficial (Website)
Geografia
Coordenadas 34° 54' 23.2" S 56° 12' 4.7" O
Mapa
Localidade Montevidéu
Localização Montevidéu - Uruguai
Homenageado Joaquín Torres García
Museu Torres García, em Montevidéu.

O Museu Torres García (espanhol: Museo Torres García) é um museu localizado na Ciudad Vieja, em Montevidéu, Uruguai. Foi nomeado em homenagem ao famoso pintor uruguaio Joaquín Torres García e foi fundado em 1949, logo após a sua morte.[1] Desde 1990, está no local atual.

História[editar | editar código-fonte]

"Após a morte de Joaquín Torres García em 1949, seus familiares e pessoas próximas, liderados por Manolita Piña, sua viúva, decidiram criar um museu que continha o legado do mestre, tanto obras de arte como documentais.

Em 28 de julho de 1955, inaugurou o Museu Torres García em um local cedido pela Intendência de Montevidéu na Avenida 18 de Julho 1903. Em 1967, mudou-se para o subsolo do Ateneo de Montevidéu, sede da Taller Torres García, onde operou até 1975,[2] e permaneceu sem sede até o final do período da ditadura cívico-militar no Uruguai.

Em 1978, uma grande retrospectiva do trabalho de Torres-García estava montada no Brasil, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realizava a exposição temporária "Geometria sensível" com 80 telas do pintor. Fatidicamente o prédio do museu incendiou-se completamente durante a madrugada do dia 8 de julho, e dos quadros do pintor uruguaio nada sobrou. A perda representou 90% do que o artista produzira e quase gerou um incidente diplomático. O Museu Torres-García em Montevidéu exibe atualmente réplicas fotográficas de seus trabalhos. Junto com as obras de Torres-Garcia, queimaram no incêndio irreversivelmente telas de Pablo Picasso, Joan Miró, René Magritte e de todos os artistas brasileiros representativos na época, como Di Cavalcanti e Candido Portinari. Um desastre sem precedentes na história das grandes coleções de artes plásticas, Somente nos anos 90 as instituições internacionais voltaram a confiar no Brasil para receber mostras de grande porte.[3][4][5]

Em 1986, a Fundação Torres García foi criada, presidida pela viúva do artista e com a participação de seus filhos Augusto e Olimpia. Através de um acordo com a Generalidade da Catalunha e o Estado Uruguaio, foi possível reabrir o museu. Desde 1990, está em sua localização atual, um prédio art decó de cinco andares sobre o Peatonal Sarandi em Montevidéu.[6] Este mesmo edifício foi construído para sediar o Bazar Broqua & Scholberg, importante casa de armas e variedades importadas, que lá operou desde a década de 1920 até 1975, e carrega importante valor histórico dada sua arquitetura e localização privilegiada.

A filha mais velha do pintor, Olimpia Torres Piña, foi presidente da fundação até o seu falecimento, em 2007."

Referências

  1. «Museo Torres García». Consultado em 29 de junho de 2012. Arquivado do original em 16 de janeiro de 2014 
  2. «Cronología del Taller Torres Garcia». www.artemercosur.org.uy. Consultado em 14 de março de 2014 
  3. «Há 31 anos, o modernismo em cinzas, no MAM». Jornal O Estado de São Paulo. 18 de outubro de 2009. Consultado em 3 de setembro de 2018 
  4. «Do MAM ao Museu Nacional: incêndios em acervos culturais e científicos são tragédias que se repetem no país». Jornal O Globo. 3 de setembro de 2018. Consultado em 3 de setembro de 2018 
  5. «Incêndio destrói quase todo o acervo do Museu de Arte Moderna do Rio, em 1978». Jornal O Globo. 25 de setembro de 2013. Consultado em 3 de setembro de 2018 
  6. Nelson,, Di Maggio,. Artes visuales en Uruguay : diccionario crítico 1.ª ed. Montevideo, Uruguay: [s.n.] ISBN 9789974991569. OCLC 858003277 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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