Oleiros (Ponte da Barca)

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Portugal Portugal Oleiros 
  Freguesia  
Localização
Localização no município de Ponte da Barca
Localização no município de Ponte da Barca
Localização no município de Ponte da Barca
Oleiros está localizado em: Portugal Continental
Oleiros
Localização de Oleiros em Portugal
Coordenadas 41° 47' 46" N 8° 25' 53" O
Região Norte
Sub-região Alto Minho
Distrito Viana do Castelo
Município Ponte da Barca
Código 160614
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 3,56 km²
População total (2021) 447 hab.
Densidade 125,6 hab./km²

Oleiros é uma freguesia portuguesa do município de Ponte da Barca, com 3,56 km² de área[1] e 447 habitantes (censo de 2021)[2]. A sua densidade populacional é 125,6 hab./km².

Demografia[editar | editar código-fonte]

A população registada nos censos foi:[2]

População da freguesia de Oleiros[3]
AnoPop.±%
1864 427—    
1878 430+0.7%
1890 442+2.8%
1900 478+8.1%
1911 445−6.9%
1920 464+4.3%
1930 494+6.5%
1940 591+19.6%
1950 637+7.8%
1960 597−6.3%
1970 602+0.8%
1981 526−12.6%
1991 562+6.8%
2001 559−0.5%
2011 466−16.6%
2021 447−4.1%
Distribuição da População por Grupos Etários[4]
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 91 93 275 100
2011 54 50 237 125
2021 52 44 231 120

Historia[editar | editar código-fonte]

A Freguesia de Oleiros dista, a partir da Igreja Paroquial, cerca de 3 Km da Vila de Ponte da Barca, a sede do concelho a que pertence, e ocupa uma área com cerca de 356 ha. Os lugares de Airó, Barreiro, Cesta, Fundo de Oleiros, Lobeira, Lousal, Quintão, Ribeiro, Sernil e Tapada, são os principais desta freguesia que tem por limites: a Norte, o rio Lima, que separa Oleiros da Freguesia de Souto do Concelho de Arcos de Valdevez; a Sul as Freguesias de Nogueira e Castro, a Nascente as Freguesias de Paço Vedro Magalhães e Ponte da Barca, e a Poente a Freguesia de Bravães, Sabe-se que documentos muito antigos, como o inventário dos bens do Mosteiro de Guimarães, de 1059, já mencionavam Oleiros como sua pertença. Historiadores como Pinho Leal, e Augusto Vieira dão-nos a saber que em 12 de Abril 1190, o Abade de Santo Adrião de Oleiros, Onerico Viegas, deu a sua igreja ao Mosteiro de Crasto, tal como o fizeram igualmente os Abades de Sampriz, Nogueira e Bravães.

É uma terra muito fértil, em todos os géneros de agricultura. Sempre produziu gado de excelente qualidade, tendo em tempos, exportado muito dele para Inglaterra.

Em 1757 tinha 67 fogos, e a mitra apresentava o abade que tinha quatrocentos mil réis de rendimento. Pertencia ao Arcebispado e distrito administrativo de Braga.

Com uma tradição centenária no fabrico de Fogos de Artificio,  Oleiros,  encontra nesta actividade  projecção  e promoção da sua identidade.

A igreja paroquial e um cruzeiro, muito bem trabalhado, ladeado por figuras da história cristã, tudo em granito, são ex-libris de Oleiros, que tem no rio Lima, no rio Vade e na Ponte Romana, que o atravessa outras atracções turísticas a somarem-se às lindas vistas panorâmicas. A arte da Pirotecnia tem vindo, também, desde há muitas décadas a projectar Oleiros para o País e o mundo.

Ainda, a respeito da história desta freguesia, vale a pena ter em conta a Ponte Romana sobre o rio Vade, que atende desde a romanização à passagem para a Freguesia de Ponte da Barca, sua vizinha a Nascente, como anteriormente já se referiu. É, também, importante  transcrever o que está no livro Inventário Colectivo dos Registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais Torre do Tombo “: «A primeira referência conhecida a esta igreja está contida numa doação, feita em 1190, ao mosteiro de Crasto da igreja de "Sancti Adriani de Oleiros".

As Inquirições afonsinas, de 1220 e 1258, referem-se-lhe, sendo nestas últimas mencionada "In collatione Sancti Adriani de Oleiros". Em 1290, nas Inquirições efectuadas no reinado de D. Dinis, aparece já designada como freguesia de "Sant Adraão de Oleyros".

No catálogo das igrejas organizado em 1320, para pagamento de taxa, Oleiros, que fazia parte da Terra da Nóbrega, foi taxada em 80 libras. No registo da cobrança das "colheitas" dos benefícios eclesiásticos do arcebispado de Braga, feita entre 1489 e 1493, D. Jorge da Costa apurou que Santo Adrião de Oleiros rendia 5 libras, sendo 467 réis e 2 pretos, em dinheiro com "morturas" e 101 réis de dízimas de searas.

Em 1528, o Livro dos Benefícios e Comendas atribui-lhe um rendimento de 25 mil réis.

Américo Costa descreve-a como abadia da apresentação da Mitra. Em termos administrativos pertenceu, em 1839, à comarca de Ponte de Lima, em 1852, à de Arcos de Valdevez e, em 1878, à de Ponte da Barca. Em 1927, pelo decreto n° 13917, de 9 de Julho, a comarca de Ponte da Barca foi suprimida, sendo as freguesias do concelho anexadas, para efeitos judiciais, à de Arcos de Valdevez».

Referências

  1. «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013 
  2. a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos» 
  3. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  4. INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
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