Oliverio Girondo
| Oliverio Girondo | |
|---|---|
| Nascimento | 17 de agosto de 1891 Buenos Aires |
| Morte | 24 de janeiro de 1967 (75 anos) Buenos Aires |
| Sepultamento | Cemitério da Recoleta |
| Cidadania | Argentina |
| Cônjuge | Norah Lange |
| Alma mater |
|
| Ocupação | jornalista, escritor, poeta |
Oliverio Girondo (Buenos Aires, 17 de agosto de 1891 — Buenos Aires, 24 de janeiro de 1967) foi um poeta vanguardista argentino que passou pelo Rio de Janeiro em 1920.
Vida
[editar | editar código]Ele nasceu em Buenos Aires em uma família relativamente rica, o que lhe permitiu desde jovem viajar para a Europa, onde estudou em Paris e na Inglaterra. Durante a década de 1920, ele esteve envolvido com o jornal de vanguarda Martín Fierro, que inaugurou a chegada do ultraísmo, o primeiro dos movimentos vanguardistas a se estabelecer na Argentina.[1]
Seus primeiros poemas, cheios de cor e ironia, superam a simples admiração pela beleza da natureza que era então um tema comum, optando por um tema mais completo e interessante: uma espécie de celebração da vida cosmopolita e urbana, tanto elogiando tal estilo de vida quanto criticando alguns dos costumes de sua sociedade.[1]
Girondo foi contemporâneo de Jorge Luis Borges, Raúl González Tuñón e Macedonio Fernández e Norah Lange (com quem se casou em 1943), que conheceu em um banquete de almoço em 1926 realizado em homenagem a Ricardo Güiraldes. Desses autores, todos também envolvidos na vanguarda da Argentina, a maioria se identificou com o grupo da Flórida na hostilidade literária um tanto ridícula entre esse grupo e outro chamado Grupo Boedo. Girondo foi um dos animadores mais entusiasmados do movimento ultraísta, exercendo influência sobre muitos poetas da geração seguinte, entre eles Enrique Molina, com quem traduziu a obra de Arthur Rimbaud "Una temporada en el infierno".[1]
Outros pares notáveis incluem Pablo Neruda e Federico García Lorca, com quem iniciou amizades duradouras em 1934, época em que ambos se encontravam em Buenos Aires, capital da Argentina. Por volta do ano de 1950, ele começou a pintar no estilo do surrealismo, mas nunca publicou ou vendeu nenhuma dessas obras. Ele foi enterrado no Cemitério La Recoleta, em Buenos Aires.[1]
Poema
[editar | editar código]Escreveu um poema intitulado justamente «Rio de Janeiro» em «Veinte poemas para leer en el tranvía», de 1922, no qual o «fragmentarismo cubista e o multiperspectivismo apontam para a paródia do exótico nos viajantes do século XIX. «A cidade se reduz a um cartão-postal, anti-romântico, caricatural. É a vanguarda descobrindo a exterioridade, a visualidade, a paisagem, o erotismo, o caráter efêmero das sensações e das emoções, a ilusão de simultaneidade.[2]
Diz a «Brasiliana da Biblioteca Nacional», Rio de Janeiro, 2001, página 103: « A poesia dessacralizada compõe-se de instantâneos anti-sublimes, poemas de bolso:
- La ciudad imita en cartón, una ciudad de pórfido.
- Caravanas de montañas acampan en los alrededores.
- El ´Pan de Azúcar` basta para almibarar toda la bahía...
- El ´Pan de Azúcar` y su alambre carril, que perderá el equilibrio por no usar una sombrilla de papel.
- Con sus caras pintarajeadas, los edificios saltan unos encima de otros y cuando están arriba, ponen el lomo, para que las palmeras les den un golpe de plumero en la azotea.
- El sol ablanda el asfalto y las nalgas de las mujeres, madura las peras de la electricidad, sufre un crepúsculo, en los botones de ópalo que los hombres usan hasta para abrocharse la bragueta.
- Siete veces al día se riegan las calles con agua de jazmín!''
Obras
[editar | editar código]- Karlo (1909)
- Ĉe l' koro de Europo (1909)
- Vivanta lingvo de vivanta popolo (1910)
- Pri esperanta literaturo (1912)
- Tra l' silento (1912)
- Ginevra (1913)
- Kursa lernolibro (1913)
- Historio de la lingvo Esperanto (en dos volúmenes: 1912 y 1927)
- Vivo de Zamenhof (1920)
- Esprimo de sentoj en Esperanto (1931) filología studo; reeldono: Internacia Esperanto-Instituto, Den Haag, (1957)
- Interpopola konduto: psikologia studo de internaciaj problemoj (1934).
- Federala sperto (1958)
- Junaĝa verkaro (1960)
- Aventuroj de pioniro (1963)
- Aux Indes avec Gandhi (1948)
- Vivo de Gandhi (1967)
- Du paroladoj