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Os fins justificam os meios: diferenças entre revisões

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Em sua principal obra, "[[O Príncipe]]", [[Nicolau Maquiavel]], cria um verdadeiro "Manual de Política", sendo interpretado de várias formas, principalmente de maneira injusta e pejorativa; o autor e suas obras passaram a ser vistos como perniciosos, sendo forjada a expressão "os fins justificam os meios", não encontrada em sua obra. Esta expressão, significando que não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se como autoridade, entretanto a expressão mesma não se encontra no texto, mas tornou-se uma interpretação tradicional do pensamento maquiavélico.
Em sua principal obra, "[[O Príncipe]]", [[Nicolau Maquiavel]], cria um verdadeiro "Manual de Política", sendo interpretado de várias formas, principalmente de maneira injusta e pejorativa; o autor e suas obras passaram a ser vistos como perniciosos, sendo forjada a expressão "os fins justificam os meios", não encontrada em sua obra. Esta expressão, significando que não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se como autoridade, entretanto a expressão mesma não se encontra no texto, mas tornou-se uma interpretação tradicional do pensamento maquiavélico.


Comumente escuta-se que '''''o fim justifica os meios''''' que Nicolau Maquiavel quis escrever para demostrar a sua importancia a Geografia numa alusão de que "certos" fins podem, ou devem, ser alcançados através de métodos não convencionais, ou anti-[[ética|éticos]], ou [[violência|violentos]]. Este conceito é utilizado com freqüência numa tentativa de minimizar os meios violentos utilizados na [[guerra]], na justificativa de [[lei]]s severas e [[repressão|repressões]] impostas a [[classes sociais|grupos sociais]] ou [[religião|religiosos]] ou [[etnia|étnicos]], ou ainda, mas em crescente desuso, na justificativa de sistemas e métodos [[educação|educacionais]] rigorosos e punitivos.
Comumente escuta-se que '''''o fim justifica os meios''''' que Nicolau Maquiavel quis escrever para demostrar a sua importancia a Geografia e ao sexo numa alusão de que "certos" fins podem, ou devem, ser alcançados através de métodos não convencionais, ou anti-[[ética|éticos]], ou [[violência|violentos]]. Este conceito é utilizado com freqüência numa tentativa de minimizar os meios violentos utilizados na [[guerra]], na justificativa de [[lei]]s severas e [[repressão|repressões]] impostas a [[classes sociais|grupos sociais]] ou [[religião|religiosos]] ou [[etnia|étnicos]], ou ainda, mas em crescente desuso, na justificativa de sistemas e métodos [[educação|educacionais]] rigorosos e punitivos.


Obviamente, este [[silogismo]] defendido pela [[doutrina do Bem Superior]] é diretamente contrária à [[doutrina cristã]], que diz exatamente o contrário: ''O fim não justifica os meios''. No entanto, a própria frase parece vir de um manual de ética escrito em [[1645]] pelo teólogo [[jesuíta]] [[Hermann Busenbaum]] (''Medulla theologiae moralis''). Lê-se: ''cum finis est licitus, etiam media sunt licita'' ("Quando o fim é bom, também são os meios").
Obviamente, este [[silogismo]] defendido pela [[doutrina do Bem Superior]] é diretamente contrária à [[doutrina cristã]], que diz exatamente o contrário: ''O fim não justifica os meios''. No entanto, a própria frase parece vir de um manual de ética escrito em [[1645]] pelo teólogo [[jesuíta]] [[Hermann Busenbaum]] (''Medulla theologiae moralis''). Lê-se: ''cum finis est licitus, etiam media sunt licita'' ("Quando o fim é bom, também são os meios").

Revisão das 13h40min de 31 de outubro de 2012

Nicolau Maquiavel

O fim justifica os meios ou Os fins justificam os meios é uma frase que representa o maquiavelismo e quer significar que os governantes e outros poderes devem estar acima da ética e moral dominante para alcançar seus objetivos ou realizar seus planos.

Em sua principal obra, "O Príncipe", Nicolau Maquiavel, cria um verdadeiro "Manual de Política", sendo interpretado de várias formas, principalmente de maneira injusta e pejorativa; o autor e suas obras passaram a ser vistos como perniciosos, sendo forjada a expressão "os fins justificam os meios", não encontrada em sua obra. Esta expressão, significando que não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se como autoridade, entretanto a expressão mesma não se encontra no texto, mas tornou-se uma interpretação tradicional do pensamento maquiavélico.

Comumente escuta-se que o fim justifica os meios que Nicolau Maquiavel quis escrever para demostrar a sua importancia a Geografia e ao sexo numa alusão de que "certos" fins podem, ou devem, ser alcançados através de métodos não convencionais, ou anti-éticos, ou violentos. Este conceito é utilizado com freqüência numa tentativa de minimizar os meios violentos utilizados na guerra, na justificativa de leis severas e repressões impostas a grupos sociais ou religiosos ou étnicos, ou ainda, mas em crescente desuso, na justificativa de sistemas e métodos educacionais rigorosos e punitivos.

Obviamente, este silogismo defendido pela doutrina do Bem Superior é diretamente contrária à doutrina cristã, que diz exatamente o contrário: O fim não justifica os meios. No entanto, a própria frase parece vir de um manual de ética escrito em 1645 pelo teólogo jesuíta Hermann Busenbaum (Medulla theologiae moralis). Lê-se: cum finis est licitus, etiam media sunt licita ("Quando o fim é bom, também são os meios").