Saltar para o conteúdo

Pácoro de Atropatena

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Pácoro.
Pácoro
de Atropatena
Reinado século I d.C.
Religião Zoroastrismo

Pácoro (em latim: Pacorus; em grego: Πάκορος; romaniz.: Pákoros; em parta: Pakor) foi um príncipe parta que governou Atropatena em meados do século I.

Nome[editar | editar código-fonte]

O nome Pácoro (Pacorus) é a forma latina do grego Pakoros (Πακώρος), ele próprio uma variante do iraniano médio Pacur (Pakur), derivado do iraniano antigo bag-puhr ('filho de um deus').[1] A transliteração armênia (Բակուր) e georgiana (ბაკური) é Bacur (Bakur), que por sua vez foi latinizada como Bácuro ou Bacúrio (Bacurius). [2]

Vida[editar | editar código-fonte]

Pácoro era filho de Vonones II (r. 51). Quando Vonones morreu em 51, seu filho Vologases I tornou-se o novo xainxá do Império Arsácida.[3] Vologases procurou dar continuidade às políticas do proeminente falecido xainxá Artabano II (r. 12–38/41) e, assim, um de seus primeiros objetivos foi fortalecer e reforçar a posição parta em regiões estratégica e politicamente instáveis que serviram durante décadas como fonte de guerra com os romanos.[4][5] Deu o reinado de Atropatena a Pácoro,[6] enquanto o reinado ainda mais politicamente importante da Armênia foi dado ao irmão de Vologases I, Tiridates I.[4]

Pouco se sabe sobre o governo de Pácoro em Atropatena, exceto que, em 72, um grupo de alanos invadiu seu reino e o forçou a fugir às montanhas.[6] Pácoro foi forçado a pagar aos alanos para que sua esposa e concubinas fossem libertadas do cativeiro. Eles também invadiram a Armênia e quase capturaram Tiridates em batalha; foi laçado à distância e pego, mas rapidamente conseguiu sacar sua espada e cortar a corda a tempo.[7] Os alanos então retiraram-se com muito saque depois de saquear a Armênia e Atropatena.[8]

Referências

  1. Marciak 2017, p. 224.
  2. Rapp 2014, p. 334.
  3. Chaumont 1988, p. 574–580.
  4. a b Dąbrowa 2007, p. 125.
  5. Dąbrowa 2012, p. 175.
  6. a b Schippmann 1987, p. 221–224.
  7. Brosius 2000.
  8. Alemany 2000, p. 92.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Alemany, Agustí (2000). Sources on the Alans: A Critical Compilation. Leida: Brill. ISBN 90-04-11442-4 
  • Chaumont, M. L.; Schippmann, K. (1988). «Balāš VI». Enciclopédia Irânica, Vol. III, Fasc. 6. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 574–580 
  • Dąbrowa, Edward (2007). «The Parthian Kingship». In: Lanfranchi, Giovanni B.; Rollinger, Robert. Concepts of Kingship in Antiquigy: Proceedings of the European Foundation Exploratory Workshop Held in Padova, November 28th - December 1st, 2007. Pádua: S.A.R.G.O.N. pp. 123–134 
  • Dąbrowa, Edward (2012). «The Arsacid Empire». In: Daryaee, Touraj. The Oxford Handbook of Iranian History. Oxônia: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-987575-7 
  • Marciak, Michał (2017). Sophene, Gordyene, and Adiabene: Three Regna Minora of Northern Mesopotamia Between East and West. Leida: BRILL. ISBN 9789004350724 
  • Rapp, Stephen H. (2014). The Sasanian World through Georgian Eyes: Caucasia and the Iranian Commonwealth in Late Antique Georgian Literature. Farnham: Ashgate Publishing, Ltd. ISBN 978-1472425522