Pato-real

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Macho (à direita) Fêmea (à esquerda)
Macho (à direita) Fêmea (à esquerda)

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Anseriformes
Família: Anatidae
Género: Anas
Espécie: A. platyrhynchos
Nome binomial
Anas platyrhynchos
Linnaeus, 1758
Distribuição geográfica
Anas platyrhynchos distribution map.png
Sinónimos
Anas boschas

O pato-real ou marreco-selvagem (Anas platyrhynchos) é uma ave anseriforme que habita áreas temperadas e sub-tropicais da América do Norte, Europa e Ásia. A espécie tem forte dimorfismo sexual, tendo os machos uma cabeça de cor verde iridescente e asas e barriga cinzenta, enquanto que as fêmeas têm uma plumagem castanha salpicada. É o antecessor da maioria dos patos domesticados actuais. Sendo uma espécie migratória, frequenta também as regiões da América Central e Caraíbas e foi introduzido em várias regiões, desde a Austrália e Nova Zelândia até países da América do Sul (entre os quais o Brasil).[2] Em Curitiba, no Paraná, registou-se um exemplar híbrido de Anas platyrhynchos x Anas bahamensis, encontrado no Zoológico Municipal do Iguaçu em 2007.[3]

Os indivíduos do sexo masculino possuem uma cabeça verde e anel branco no pescoço e asas, enquanto que as fêmeas possuem sobretudo plumagem de cor acastanhada. Também é possível observar em ambos os sexos um espelho alar, frequentemente de cor azul nos machos. Vivem em zonas húmidas e são omnívoros, alimentando-se de plantas aquáticas e pequenos animais.[4] Por serem animais sociais, unem-se em bandos de tamanho variável.[5]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

As populações de pato-real estão amplamente dispersadas pelos dois hemisférios. Na América do Norte é encontrado desde o sul e centro do Alasca até ao México e também no Havai; na Eurásia, distribui-se pela Islândia e sul da Gronelândia e Marrocos até à Escandinávia, Japão, península Coreana, Austrália e Nova Zelândia.[6] É uma espécie altamente migratória nas regiões setentrionais pelas quais se distribui, migrando para destinos a sul. Na América do Norte, por exemplo, a migração é feita para o México, mas visita também de forma regular as regiões caribenhas e centro-americanas entre setembro e maio.[7]

A espécie está distribuída por uma grande variedade de habitats e climas, desde a tundra ártica até às regiões tropicais. É possível encontrá-la numa multitude de habitats aquáticos de água doce ou salgada, incluindo parques, pequenas lagoas, rios, lagos e esuários, bem como em pequenas enseadas e em zonas de mar aberto que estejam a uma distância visível da costa.[8] Prefere áreas com vegetação aquática de profundidades inferiores a 1 metro, evitando áreas de maior profundidade.[6]

Notas[editar | editar código-fonte]

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Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «IUCN red list Pato-real». Lista Vermelha da IUCN. Consultado em 18 de março de 2022 
  2. Long, John L. (1981). Introduced Birds of the World. [S.l.]: Agricultural Protection Board of Western Australia 
  3. STRAUBE, Fernando C. et al. Aves de Curitiba: coletânea de registros. Curitiba: Hori Consultoria Ambiental, 2009, p. 47.
  4. Seara.com. «Fauna». Serralves - Biodiversidade e Ambiente. Consultado em 24 de março de 2017 
  5. «Digimorph - Anas platyrhynchos (domestic duck)». digimorph.org. Consultado em 24 de março de 2017 
  6. a b Cramp, Stanley (1977). Handbook of the Birds of Europe the Middle East and North Africa, the Birds of the Western Palearctic. 1: Ostrich to Ducks. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-857358-6 
  7. Herrera, Néstor; Ribera, Roberto; Ibarra Portillo, Ricardo; Rodríguez, Wilfredo (2006). «Nuevos registros para la avifauna de El Salvador» (PDF). Boletín de la Sociedad Antioqueña de Ornitología. 16: 1–19 
  8. «Pato-real (Anas platyrhynchos)». www.avesdeportugal.info. Consultado em 24 de março de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]