Paulo de Campos Porto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(acervo da família Rocha Fragoso)
acervo da família Fragoso
Paulo de Campos Porto ao lado de Getúlio Vargas e do Ministro da Agricultura Odilon Braga, durante a inauguração do Parque Nacional do Itatiaia/RJ (24.6.1937).

PAULO CAMPOS PORTO (1889 - 1968), botânico brasileiro,[1] nascido em Minas Gerais, foi Secretário de Agricultura do Estado da Bahia (1942 a 1945), diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro em duas gestões e diretor do Instituto de Biologia Vegetal do Ministério da Agricultura. Neto de João Barbosa Rodrigues. Teve duas filhas: Stella Sá Franco de Campos Porto que casou-se com Luis Felipe da Rocha Fragoso e Flora Castaño Ferreira[2], conhecida como "florita do Itatiaia". Campos Porto publicou muitos trabalhos em conjunto com Alexander Curt Brade, com quem estabeleceu os seguintes gêneros de Orchidaceae: Duckeella, Pseudolaelia, Pygmaeorchis, Pleurothallopsis, Thysanoglossa. [3]

Xilogravura de Flora Castaño Ferreira, 1986
Xilogravura de Flora Castaño Ferreira (1986), codinome "florita do Itatiaia", filha de Paulo de Campos Porto.
Acervo da família Rocha Fragoso

"Campos Porto, foi um excelente gestor e para tanto audacioso e em 1954 declarou: (...) Consegui, Deus sabe à custa de quantas penas, fundar a Estação Biológica de Itatiaia, em 1929, no governo Washington Luiz. Fundei-a fora da lei e quase contra ela. Fundei-a praticamente sem recurso ou amparo oficiais, o que me forçou a apelar para amigos a fim de que não interrompessem por falta de recurso, os trabalhos de caracterização zoológica e florística da região”." (Ingrid Fonseca Casazza)

Referências

  1. CASAZZA, Ingrid Fonseca. Desenvolvimentismo e conservacionismo na Era Vargas (1930- 1945): a atuação científica e política de Paulo Campos Porto. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.27, n.2, abr.-jun. 2020, p.411-430. Developmentalism and neoconservationism in the Vargas Era, 1930-1945: the scientific and political work of Paulo Campos Porto.
  2. MORI, Scott e FERREIRA, Flora Castaño. A distinguished Brazilian botanist, João Barbosa Rodrigues (1842- 1909). Brittonia, Nova York, vol.39, no.1, pág.73-85.
  3. Cribb, P. J.; Pabst, G. F. J.; Dungs, F. (1978). «Orchidaceae Brasilienses». Kew Bulletin (2). 387 páginas. ISSN 0075-5974. doi:10.2307/4109599. Consultado em 23 de março de 2021 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • ANAIS... Anais da primeira Reunião dos Anatomistas de Madeira. Rodriguésia, v.3, n.11, p.302-386. 1937.
  • ANAIS... Anais da primeira Reunião de Fitopatologistas do Brasil. Rodriguésia, v.2, n. esp., p.1-366. 1936.
  • BRASIL. Decreto n.242, de 29 de novembro de 1961. Cria o Parque Nacional do Monte Pascoal e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 13 fev. 2020. 1961.
  • ARNOLD, David. La naturaleza como problema histórico: el medio, la cultura y la expansión de Europa. México: Fondo de Cultura Econômica, 2001.
  • BRASIL. Ministério da Agricultura. Anais da primeira Reunião Sul-americana de Botânica. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura. 1938.
  • CAMPOS, André Luiz Vieira de. Políticas internacionais de saúde na Era Vargas: o Serviço Especial de Saúde Pública, 1942-1960. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz. 2006.
  • CAPELATO, Maria Helena. Propaganda política e construção da identidade nacional coletiva. Revista Brasileira de História, v.6, n.31-32, p.328-352. 1996.
  • CASAZZA, Ingrid Fonseca: Natureza e ciência na trajetória do botânico Paulo Campos Porto (1914- 1939). Paulo Campos Porto e a Criação do Parque Nacional de Itatiaia: Ciência e Proteção do Patrimônio Natural Brasileiro: 81 Anos do PNI (14/06/1937 - 14/06/2018) http://snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1364606050_ARQUIVO_TextoIngridCasazzaAnpuh2013.pdf
  • CASAZZA, Ingrid Fonseca. Proteção do patrimônio natural brasileiro: ciência, política e conservacionismo na trajetória do botânico Paulo Campos Porto (1914-1961). Tese (Doutorado em História das Ciências e da Saúde) – Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Rio de Janeiro. 2017.
  • CASAZZA, Ingrid Fonseca. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro: um lugar de ciência (1915-1931). Dissertação (Mestrado em História das Ciências e da Saúde) – Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Rio de Janeiro. 2011.
  • COMISSÃO... Comissão de Redação. Rodriguésia, v.4, n.12, p.1. 1939.
  • CORRESPONDÊNCIAS... Correspondências e documentos administrativos. Documentação da Secretaria da Agricultura do Estado da Bahia (Arquivo Público do Estado da Bahia, Seção de Arquivo Republicano, Salvador). s.d.
  • CRONOM, William, Uncommon Ground: Toward Reinventing Nature, New York, 1996.
  • D’ARAÚJO, Maria Celina. A Era Vargas. São Paulo: Moderna. 1997.
  • DIÁRIO... Diário Oficial da União. Seção 1, p.2139. 15 fev. 1943. Ingrid Fonseca Casazza 430 História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro DUARTE, Regina Horta. A biologia militante: o Museu Nacional, especialização científica, divulgação do conhecimento e práticas políticas no Brasil – 1926-1945. Belo Horizonte: Editora da UFMG. 2010.
  • DRUMMOND, J. A. L. Devastação e Preservação Ambiental no Rio de Janeiro. Niterói: Editora da Universidade Federal Fluminense, 1997.
  • DUARTE, Regina Horta. A Biologia militante: o Museu Nacional, especialização científica, divulgação do conhecimento e práticas políticas no Brasil - 1926-1945. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2010.
  • DURIGUETTO, Maria Lúcia. A questão dos intelectuais em Gramsci. Serviço Social e Sociedade, n.118, p.265-293. 2014.
  • ESTADO DA BAHIA. Decreto-lei n.12.729 de 19 de abril de 1943. Estados Unidos do Brasil. Diário Oficial do Estado da Bahia. 19 abr. 1943.
  • ESTADO DA BAHIA. Decreto-lei n.12.629 de 31 de dezembro de 1942. Estados Unidos do Brasil. Diário Oficial do Estado da Bahia, Atos do Poder Executivo. 3 jan. 1943.
  • FIGUEIRÔA, Silvia F. de M. Para pensar a vida de nossos cientistas tropicais. In: Heizer, Alda; Videira, Antonio Augusto Passos. Ciência, civilização e império nos trópicos. Rio de Janeiro: Access. p.235-246. 2001.
  • FRANCO, José Luiz de Andrade; DRUMMOND, José Augusto. Proteção à natureza e identidade nacional no Brasil, anos 1920-1940. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz. 2009.
  • GARFIELD, Seth. A Amazônia no imaginário norte-americano em tempo de guerra. Revista Brasileira de História, v.29, n.57, p.19-65. 2009. GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere. v.2. Ed. trad. Carlos Nelson Coutinho; coed. Luiz Sérgio Henriques, Marco Aurélio Nogueira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2001.
  • LIMA, Ângelo da Costa. Prefácio. Arquivos do Instituto de Biologia Vegetal, v.1, n.1, p.1. 1934.
  • LISBOA, Araci Gomes. O Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas do Brasil: Ciência, Patrimônio e Controle. Universidade Federal Fluminense- Dissertação de mestrado, 2004.
  • MAIA, João Marcelo Ehlert. As ideias que fazem o Estado andar: imaginação espacial, pensamento brasileiro e território no Brasil central. Dados: Revista de Ciências Sociais, v.53, n.3, p.621-655. 2010.
  • MORI, Scott e FERREIRA, Flora Castaño. A distinguished Brazilian botanist, João Barbosa Rodrigues (1842- 1909). Brittonia, Nova York, vol.39, no.1, pág.73-85.
  • NOGUEIRA, Eliana. Emergência, institucionalização e estado atual da botânica brasileira: as relações nacionais e internacionais. Tese (Doutorado) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 1999.
  • OLIVER, Graciela de Souza. O papel das escolas superiores de agricultura na institucionalização das ciências agrícolas no Brasil, 1930-1950: práticas acadêmicas, currículos e formação profissional. Tese (Doutorado em Ensino e História de Ciências da Terra) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 2005.
  • Pabst, G.F.J. & Dungs, F. (1977). Orchidaceae brasiliensis, vol. 2. Hildeshein: Kurt Schmersow.
  • PÁDUA, José Augusto. Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil escravista (1786- 1888). Rio de Janeiro: Zahar. 2004.
  • PLANTARÁ... Plantará dos gajos de ipe en el jardìn de la paz platense: en el Brasil es arbol de tradiciòn. Crítica, 15 nov. 1936.
  • SEITENFUS, Ricardo. O Brasil vai à guerra: o processo do envolvimento brasileiro na Segunda Guerra Mundial. Barueri: Manole. 2003.
  • SILVEIRA, F. Rodrigues da. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Rodriguésia, v.1, n.1, p.15. 1935. SIMPLES... Simples Secção do Serviço Florestal: consequência inesperada de um lamentável desentendimento – uma diminuição para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O Imparcial, v.5, n.1290, p.7. 4 ago. 1939.
  • UMA ENTREVISTA... Uma entrevista do Sr. Odilon Braga a “El Debate”. O Jornal, p.13. 27 ago. 1935.
  • URBAN, Teresa. Saudade do Matão: relembrando a história da conservação da natureza no Brasil. Curitiba: Ed. UFPR/Fundação O Boticário de Proteção à Natureza/Fundação MacArthur, 1998.
  • VÁRIAS NOTÍCIAS. Jornal do Commercio, p.4. 12 mar. 1940.
  • VERBETE... Verbete Acordos de Washington. Dicionário histórico-biográfico brasileiro pós-1930. Disponível em: . Acesso em: 12 jun. 2017. s.d.
  • WILLIAMS, R. "Ideas of Nature," in Problems in Materialism and Culture: Selected Essays, pp. 67-85. London: NLB. 1980.
  • WORSTER, Donald. Para fazer história ambiental. Estudos históricos, v.4, n.8, 1991.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Wikispecies
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Paulo de Campos Porto