Polidectes de Esparta
Polidectes de Esparta | |
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Progenitores | |
Filho(a)(s) | Êunomo de Esparta, Carilau |
Polidectes foi rei da cidade-Estado grega de Esparta de 830 a.C. até 800 a.C. ano da sua morte. Pertenceu à Dinastia Euripôntida.
Ele sucedeu a seu pai Êunomo,[1][2] e foi sucedido por seu filho Carilau,[1] ou por seu irmão Licurgo, que reinou até Carilau nascer, quando Licurgo se tornou regente.[3] Durante o seu reino, assim como durante o reinado do seu pai, Esparta viveu em paz.[1]
Polidectes era filho da primeira esposa de Êunomo, e Licurgo, seu irmão mais novo, era filho da segunda esposa de Êunomo, Dionassa.[2] O poeta Simonides, porém, colocava Licurgo uma geração antes: Licurgo seria filho de Prítanis, o pai de Êunomo.[2]
Polidectes herdou o reino em um tempo de falta de lei e confusão em Esparta; seu pai, ao tentar separar um distúrbio civil, foi esfaqueado até a morte com uma faca de açougueiro.[4] Polidectes se tornou rei,[4] mas morreu logo depois do seu pai.[5]
Polidectes morreu quando sua esposa estava grávida, e foi sucedido por seu irmão mais novo Licurgo.[3][5] Licurgo declarou que reinaria apenas até o nascimento do bebê, e, se ele fosse menino, ele seria o rei, e ele se tornaria guardião.[5]
A esposa de Polidectes, porém, propôs a Licurgo eliminar o bebe, com a condição de que Licurgo se casaria com ela em seguida; Licurgo, que detestava a mulher, fingiu aceitar, mas pediu que ela não usasse drogas abortivas, para não causar mal à sua saúde, mas esperasse o nascimento da criança que ele mesmo se livraria dela.[6] Licurgo deu ordens aos seus homens que, assim que nascesse o bebê, se ele fosse menina, fosse deixado com a mãe, mas, se fosse menino, fosse levado à sua presença.[7] Quando o bebê foi-lhe entregue, durante uma refeição com os magistrados de Esparta,[7] Licurgo ergueu o bebê, declarando "Um rei nasceu para vocês, homens de Esparta!" e chamou-o de "Carilau" (em grego: Χαρίλαος), significando "Alegria do Povo".[8]
Licurgo, porém, foi alvo de inveja, especialmente dos amigos e parentes da rainha-mãe; Leônidas, irmão da rainha-mãe, disse que sabia que Licurgo se tornaria rei, semeando a suspeita de que, se alguma coisa acontecesse com o rei, Licurgo seria o responsável.[9]
Temendo ser acusado de plotar contra o sobrinho, Licurgo fugiu para Creta,[3][10] voltando quando Carilau já estava governando; neste momento ele trouxe as leis da nova constituição de Esparta.[3]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Árvore genealógica baseada em Éforo de Cime, Pausânias e Plutarco:
Prítanis | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Primeira esposa | Êunomo | Dionassa | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Leônidas | Esposa de Polidectes | Polidectes | Licurgo | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Carilau | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Precedido por Êunomo |
Rei euripôntida de Esparta |
Sucedido por Licurgo (regente) Carilau (póstumo) |
Referências
- ↑ a b c Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 3.7.2
- ↑ a b c Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Licurgo, 1.4
- ↑ a b c d Éforo de Cime, citado por Estrabão, Geografia, Livro X, Capítulo 4, 19
- ↑ a b Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Licurgo, 2.3
- ↑ a b c Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Licurgo, 3.1
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Licurgo, 3.2
- ↑ a b Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Licurgo, 3.3
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Licurgo, 3.4
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Licurgo, 3.5
- ↑ Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Licurgo, 4.1