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Durante a expansão paulista, que cresceu com a descoberta de ouro, o bandeirante João Leite da Silva Ortiz ocupou, em 1701, terras em que estabeleceu a fazenda do Cercado, base do núcleo do Curral del-Rei.
Até então capital de Minas Gerais, a cidade de Ouro Preto, apresentava dificuldades de uma expansão urbana, devido à sua localização. Isso gerou a necessidade da transferência da capital para outra localidade. O Congresso Mineiro reunido em Barbacena em 1893, indicou pela lei n. 3, adicional à Constituição do Estado, algumas cidades como locais propícios à instalação da nova capital, depois que se ouvisse o parecer da Comissão Construtora, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis, que optou por Belo Horizonte. Seu território foi desmembrado de Sabará e inicialmente foi denominada Cidade de Minas. A capital do estado foi oficialmente transferida em 12 de dezembro de 1897.
O local escolhido oferecia condições ideais: estava no centro da unidade federativa, a 100 km de Ouro Preto, rico em cursos d’água, clima ameno, numa altitude de 800 metros. A área destinada à nova capital parecia um grande anfiteatro entre as Serras do Curral e de Contagem, contando com excelentes condições climatológicas, protegida dos ventos frios e úmidos do sul e dos ventos quentes do norte, e arejada pelas correntes amenas do oriente que vinham da serra da Piedade.
Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi a primeira cidade brasileira moderna planejada. Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas, cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares, visadas privilegiadas, e uma avenida em torno de seu perímetro (Avenida do Contorno). Outro aspecto interessante do projeto original é a abundância de parques e praças, com um grande parque municipal na área central.