Portal:Irão/Artigo selecionado/5

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Cilindro de Ciro é um cilindro de argila, atualmente dividido em vários fragmentos, no qual está escrita uma declaração em grafia cuneiforme acadiana, em nome do rei Aquemênida da Pérsia, Ciro, o Grande. Ele data do século VI a.C. (539 a.C.), e foi descoberto nas ruínas da Babilônia na Mesopotâmia (atual Iraque) em 1879. É possessão do Museu Britânico (British Museum), que patrocinou a expedição responsável pela descoberta do cilindro. O artefato foi criado após a conquista persa da Babilônia em 539 a.C., quando o exército persa, sob Ciro, o Grande, invadiu e conquistou o império caldeu, trazendo-o sob o controle do Império Persa.

O texto do Cilindro foi relacionado por alguns estudiosos como evidência da política de Ciro de repatriação dos hebreus após o cativeiro na Babilônia - um ato que o livro de Esdras atribui a Ciro -, uma vez que o texto menciona a restauração de santuários religiosos e a repatriação dos povos deportados. Alguns acadêmicos, contudo, contestam essa interpretação, notando que o Cilindro de Ciro identifica apenas santuários mesopotâmicos, e não menciona os judeus, Jerusalém ou Judeia. O Cilindro também foi interpretado por alguns estudiosos como um “precursor da carta de direitos humanos”, embora o Museu Britânico e outros estudiosos rejeitem tal interpretação como sendo anacrônica e equivocada. O cilindro foi adotado pelo Irã, anteriormente a 1979, como um símbolo nacional, tendo sido exposto ao público em Teerã, em 1971, para comemorar os dois mil e quinhentos anos da monarquia iraniana.