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Portal:Timor-Leste/História

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Mapa português da ilha de Timor (1731).

A História de Timor-Leste está profundamente afetada por 500 anos de domínio colonial português e 24 anos de ocupação indonésia. Quando, em 1512, os mercadores portugueses primeiro chegaram à ilha, a parte leste que hoje equivale a Timor-Lorosae, era habitada pelo povo Maubere dividido entre duas confederações de reinos, os Serviãos e os Belos. Já a parte Ocidental da ilha, hoje equivalente à província Indonésia de Timor Ocidental era habitada pelo povo Atoni, tradicionais inimigos dos Serviãos e dos Belos. Assim, enquanto estes últimos se aliaram aos Portugueses, os Atoni resistiram a fazer comércio com eles e quando, em 1651, a Companhia Holandesa das Índias Orientais conquistou Kupang, os Atoni decidiram aliar-se aos Holandeses contra os Portugueses e os Mauberes.

A ilha também foi palco da rivalidade luso-holandesa pelo controle do comércio de especiarias no Sudeste Asiático. A disputa foi solucionada através de vários acordos, que culminaram com o tratado de 1859, que consagrava a divisão entre um Timor Ocidental holandês, centrado em Kupang, e um Timor Oriental português, com capital em Díli, a que se juntavam o enclave de Oecussi, a ilha de Ataúro e a ilha de Jaco. Este Tratado de Lisboa, celebrado a 20 de abril de 1859 entre os reinos de Portugal e dos Países Baixos, conduziu à demarcação das possessões portuguesas e neerlandesas em Timor e ilhas adjacentes. Pelos termos desse tratado, Portugal cedeu Larantuca, Sicca e Payas, na ilha das Flores, Wouré, na ilha de Adonara, e Pamung Kaju, na ilha de Solor. Em contrapartida, os Países Baixos cederam o reino de Maubara e renunciaram a Ambeno, na ilha de Timor, assim como renunciaram a Ataúro e pagaram uma compensação de 200 000 florins.