Porteiro

Porteiro, também encarregado de portaria, é a designação da profissão onde o trabalhador deve ficar na entrada de um estabelecimento para proteger a entrada indevida de estranhos. Este local é designado como portaria.
Em tempos da monarquia de Portugal e Brasil chegaram a existir despachos públicos dos reis para louvar esta função quando ao serviço da Casa Real.[1] Mas, aí, eles e os chamados contadores também desempenhavam as funções de contabilistas da mesma casa régia.[2][3]
Este profissional vigia dependências, áreas públicas e privadas, com a finalidade de prevenir, controlar e combater delitos como roubos, porte ilícito de armas e munições, e outras irregularidades. Estes trabalhadores zelam pela segurança das pessoas, do patrimônio e pelo cumprimento das leis e regulamentos; recepcionam e controlam a movimentação de pessoas em áreas de acesso livre e restrito; fiscalizam pessoas, cargas e patrimônio; escoltam pessoas e mercadorias. Controlam objetos e cargas, vigiam parques e reservas florestais, combatendo inclusive focos de incêndio. Comunicam-se via rádio ou telefone e prestam informações ao público e aos órgãos competentes.
Na França é muito usado o termo concierge para designar uma pessoa responsável por uma casa, o que corresponderia antes ao zelador. A designação também é usada para uma pessoa, encarregada de orientar os hóspedes de um hotel e também prestar informações sobre os mais variados aspectos da cidade que está sendo visitada pelos hóspedes. A função do concierge é justamente orientar os hóspedes para lhes proporcionar uma estada agradável e bem sucedida na cidade visitada.
Em Portugal, porteiro é uma profissão regulamentada.[4]
Em 2008 existiram no Brasil cerca de 414 mil pessoas exercendo a função de porteiro. O dia 9 de junho foi declarado o Dia do Porteiro.[5] O porteiro pertence à classe 5174 (porteiros e vigias) na Classificação Brasileira de Ocupações.[6]
Referências
- ↑ «Eu o Principe Regente faco saber aos que o presente alvará virem: : que tendo consideracão a que os empregos de porteiro da minha Real Camare, e de Guarda-Joias forão sempre reputados de muito distincão, e honra.», Rainha D. Maria I, Impressão Regia Lisboa, Portugal, 1808
- ↑ A atividade financeira da Corte dos reis de Portugal (séculos XIV e XV), por Judite A. Gonçalves de Freitas, Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade / FCT / Universidade do Porto, e-spania, 20 de Fevereiro de 2015
- ↑ O porteiro-mor, inicialmente é o intermediário no acesso à pessoa do rei e depois transformado em superintendente na cobrança de tributos e receitas patrimoniais régias. No século XIV vão suceder, primeiro, os ouvidores da portaria e, depois, os vedores da fazenda, ambos com funções quer de superintendência tributária quer de contencioso fiscal. - «Estrutura do Governo, História portuguesa», por José Adelino Maltez, Respublica, Repertório Português de Ciência Política, Edição electrónica 2004, Última revisão em: 20-01-2009
- ↑ «Porteiro». Profissões Regulamentadas. PT: IEFP. Consultado em 1 fevereiro de 2011
- ↑ «Hoje é o dia do porteiro». Exitório. BR. Consultado em 1 de fevereiro de 2011
- ↑ «Descrição». CBO. BR: MTE. Consultado em 1 de fevereiro de 2011