Post scriptum

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Post scriptum, geralmente abreviado como P.S. (do latim, literalmente “pós-escrito”, ''escrito depois''),[nota 1] originariamente indicava algo que se julgasse necessário acrescentar a uma carta após o seu encerramento (depois do fecho, da assinatura etc.).[3] Com o tempo, foi-se percebendo que essa fórmula servia para corrigir os lapsos de memória ou simplesmente informar que haviam ocorrido alterações depois que se dera a carta escrita à mão por concluída.

O post scriptum é utilizado como uma estratégia retórica: depois de percorrer todo o corpo do texto, o leitor se depara no fim com uma ideia posta em destaque, colocada ali com suposta despreocupação, que equivaleria na fala ao “Ah! Antes que eu me esqueça”, que possivelmente anuncia o mais importante que se tem a dizer. É justamente esse efeito do post scriptum que explica a sua utilização nas cartas e mensagens escritas no computador, uma vez que, com os recursos de correção e arrependimento trazidos pelos processadores de texto, o utilizador pode simplesmente incluir no texto o que tinha esquecido sem mais usar essa figura de linguagem.

Em português o termo equivalente é "em tempo" ou “pós-escrito”, expressões modernizadas encontradas em alguns dicionários.[1] Apesar disso, mantém-se ainda hoje em dia o uso frequente da abreviatura “P.S.”.

Notas

  1. Igualmente aceitas as formas post-scriptum ou postscriptum.[1][2]

Referências

  1. a b Editores do Aulete (2007). «Verbete: postscriptum». Dicionário Caldas Aulete. Consultado em 13 de abril de 2015 
  2. BERGSTRÖM, Magnus; REIS, Neves (2011). Prontuário ortográfico e guia da língua portuguesa. [S.l.]: Casa das Letras. 385 páginas. ISBN 9789895557998 
  3. COSTA, José Mário (1 de dezembro de 2011). «O uso de post scriptum (P.S.)». Ciberdúbidas da Língua Portuguesa. Consultado em 13 de abril de 2015 
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