Quinta do Casalinho

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Quinta do Casalinho
Quinta do Casalinho
Portal da Quinta do Casalinho
Inauguração Século XVIII
Geografia
País Portugal Portugal
Coordenadas 41° 4' 37.65" N 8° 31' 36.16" O
Mapa
Localização do edifício em mapa dinâmico

A Quinta do Casalinho é uma quinta histórica situada junto à povoação de Arnelas, na antiga freguesia de Olival, na freguesia de Sandim, Olival, Lever e Crestuma, no Município de Vila Nova de Gaia, no Norte de Portugal.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Consiste numa propriedade com 23,6 Ha, situada perto da antiga Estrada Nacional 222, fazendo fronteira com o acesso principal à localidade de Arnelas.[1] Dista cerca de 16,7 Km em relação à foz do Rio Douro.[1] Confronta a Sul com a Quinta do Ferraz, formando estas duas quintas, em conjunto com a do Cadeado, uma extensa linha florestal, sendo uma parte relativamente imutável na zona, que tem sofrido grandes alterações, com a introdução de indústrias e lotes residenciais.[1] A zona florestal tem uma grande relevância do ponto de vista ecológico, não devido às suas espécies vegetais, por ser composta principalmente por pinheiros e eucaliptos, mas por representar uma grande mancha verde, e por combater a erosão nas encostas.[1] Cerca de metade da área da quinta está classificada no âmbito da Estrutura Ecológica Fundamental, enquanto que uma grande porção é considerada como Reserva Ecológica Nacional.[1] Além da zona florestal, a quinta também tinha uma eira e áreas de cultivo.[1]

Em termos de construções, destaca-se a sua capela, o muro que delimita a quinta, e o portal junto à estrada para Arnelas,[1] a Rua Dr. António de Magalhães.[2] Este portal, com um brasão, tem a data de 1898 e as letras E e F.[3]

O núcleo da quinta era composto pela capela e por uma casa, organizados em redor de um pátio de forma rectangular, e assentes numa plataforma.[1] A capela foi construída de forma isolada em relação à casa, tendo ficado voltada para Sul.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Nos inícios do século XVIII, a Quinta do Casalinho era propriedade dos Condes da Feira.[1] Mais tarde, foi seu proprietário Eduardo Freire, capitalista, agraciado em 1901 por El-Rei D. Carlos I, com o título de Barão do Casalinho.[4]

Em 1986, o Gabinete de História e Arqueologia do município de Vila Nova de Gaia fez uma proposta ao Instituto Português do Património Cultural, no sentido de classificar a localidade em si de Arnelas, em conjunto com vários imóveis em seu redor, como a Quinta do Casalinho, como Imóveis de Interesse Público.[5] O processo foi enviado para a Direcção Regional do Porto do IPPC em 1992, mas não chegou a ter seguimento.[5] No regulamento do Plano Director Municipal da Câmara Municipal de Gaia, emitido em Julho de 2009, a Quinta do Casalinho surge como elementos com nível de protecção integral.[2] Nesse ano, a propriedade parecia estar ao abandono, enquanto que os prédios estavam arruinados, tendo quase todos perdido as suas coberturas.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h i j «O Património das Encostas do Douro por Unidades de Paisagem» (PDF). Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. 30 de Junho de 2011. p. 84-85. Consultado em 25 de Novembro de 2020 
  2. a b «Plano Director Municipal de Gaia» (PDF). Gaiurb e Câmara Municipal de Gaia. Julho de 2009. p. 65. Consultado em 26 de Novembro de 2020 
  3. a b «Rede de Parques Metropolitanos na Grande Área Metropolitana do Porto - Relatório Final» (PDF). Área Metropolitana do Porto / Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos. Fevereiro de 2009. p. 10-11. Consultado em 26 de Novembro de 2020 
  4. «Eduardo Freire - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq». digitarq.arquivos.pt. Consultado em 22 de junho de 2016 
  5. a b «Capela de São Mateus de Ornelas, sita no lugar de Arnelas, união das freguesias de Sandim, Olival, Lever e Crestuma, concelho de Vila Nova de Gaia: proposta de abertura do procedimento administrativo de classificação» (PDF). Direcção Regional de Cultura do Norte. 9 de Maio de 2018. p. 1. Consultado em 27 de Novembro de 2020 – via Direcção Regional do Património Cultural 


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