Relações entre Coreia do Norte e Iraque

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Relações entre Coreia do Norte e Iraque
Bandeira da Coreia do Norte   Bandeira do Iraque
Mapa indicando localização da Coreia do Norte e do Iraque.
Mapa indicando localização da Coreia do Norte e do Iraque.
  Iraque

As relações entre a Coreia do Norte e o Iraque referem-se as relações internacionais entre o país do Leste Asiático, a República Popular Democrática da Coreia, e o país do Oriente Médio, a República do Iraque. Ambos os Estados foram parte do chamado "Eixo do Mal", países representados pela administração de George W. Bush como pretendentes a obter armas de destruição em massa e apoiar o terrorismo, em simultâneo com o Irã. O Iraque foi removido desta lista em 2004.

História das relações iraquiano-norte-coreanas[editar | editar código-fonte]

1968-2003: cooperação militar[editar | editar código-fonte]

As relações formais entre os dois países foram estabelecidas em 1968, após a ascensão ao poder de Saddam Hussein no Iraque. Foram inicialmente marcadas por um acordo cordial antes de serem fortemente degradadas e formalmente rompidas em 1980 devido à Guerra Irã-Iraque, a Coreia do Norte, preferindo apoiar seu aliado iraniano, fornece nomeadamente blindados T-54/55, baterias antiaéreas, canhões autopropulsionados Koksan e mísseis Scud. Muitas desses exemplares seriam capturados pelas forças iraquianas durante o conflito.

Apesar disso novas negociações seriam realizadas em 1999, estabelecendo uma cooperação iraquiano-norte-coreana até 2002. O regime iraquiano teria de fato pago a Coreia do Norte 10 milhões de dólares para adquirir mísseis balísticos de médio alcance Rodong-1 segundo a CIA.[1] Além disso, em 2001, um relatório estadunidense afirmou que os iraquianos e os engenheiros norte-coreanos construíram conjuntamente uma fábrica de mísseis no Sudão. De acordo com a mesma fonte, os iraquianos teriam investido 400 milhões de dólares para o projeto de construção, fundos obtidos através das exportações de petróleo. A Coreia do Norte teria fornecido mais mísseis Scud para o Iraque, duas dezenas quando o programa balístico iraquiano tinha sido largamente neutralizado durante a Operação Tempestade no Deserto durante a Guerra do Golfo em 1991.[2]

Deposição de Saddam Hussein[editar | editar código-fonte]

Após 2004, quando a invasão do Iraque pelos Estados Unidos viu a derrubada de Saddam Hussein e o estabelecimento de um novo governo iraquiano, as relações diplomáticas ainda não foram restauradas entre os dois países. A rápida queda do regime iraquiano também convenceu a Coreia do Norte da necessidade de possuir armas nucleares.[3]

Em 21 de setembro de 2012, no contexto da Guerra Civil Síria, o Iraque recusou que um avião norte-coreano transportando armas para o exército sírio passasse por seu espaço aéreo.[4]

Referências

  1. (em inglês) Iraq paid N. Korea to deliver missiles, The Washington Times, 4 de outubro de 2003
  2. (em inglês) N. Korea Helping Iraq With Scuds?, ABC News, 10 de agosto de 2001
  3. (em inglês) The Iraq Invasion Convinced North Korea That It Needed Nukes, Business Insider, 3 de abril de 2013
  4. (em inglês) Iraq blocks Syria-bound North Korean plane, suspects weapons cargo, Reuters, 21 de setembro de 2012